EUA planejam anunciar ajuda militar de 300 milhões de dólares à Ucrânia
Composto majoritariamente por munições, pacote deve ser divulgado oficialmente na sexta-feira pelo presidente americano
Principal aliado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, os Estados Unidos planejam uma nova ajuda militar de até 300 milhões de dólares (cerca de 1,5 bilhões de reais) para a Ucrânia. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 25, pela agência de notícias Reuters.
Composto majoritariamente por munições, o pacote deve ser anunciado oficialmente na sexta-feira. Segundo as fontes ouvidas pelo veículo, foguetes guiados de lançamento múltiplo também podem estar incluídos na remessa.
Através de um recurso conhecido como Presidential Drawdown Authority (Autoridade de Saque Presidencial, em português), o chefe de Estado americano, Joe Biden, conseguirá passar a medida sem a aprovação do Congresso, citando o grau de emergência imposto pela guerra.
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Em uma ampla frente de auxílios ocidentais à Ucrânia, Biden afirmou na última sexta-feira, 19, que o seu país também participaria do esforço internacional para treinar pilotos ucranianos em caças modernos, como os americanos F-16, atendendo aos pedidos incessantes de Zelensky. Com a escalada do conflito ao longo dos meses, países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), principal aliança militar ocidental, se comprometeram a apoiar as forças da Ucrânia, mas grande parte dos equipamentos ainda não foi recebida.
Desde a invasão russa, em fevereiro do ano passado, os Estados Unidos já prometeram mais de 35 bilhões de dólares (176 bilhões de reais) em assistência aos ucranianos.
Um erro de contabilidade do Pentágono pode, inclusive, estender os valores investidos militarmente nas tropas de Zelensky. De acordo com a Reuters, o órgão supervalorizou o preço de equipamentos em quase 3 bilhões de dólares (15 bilhões de reais), abrindo espaço nas contas públicas para uma nova leva de recursos destinados para o reforço dos soldados ucranianos.
No momento, as forças ucranianas combatem tropas russas na cidade de Bakhmut, epicentro da guerra. Acredita-se que o novo apoio militar americano, o fim do clima gélido no país e o término dos treinamentos oferecidos por nações aliadas, como Reino Unido, auxiliem no avanço da contraofensiva ucraniana.