Passageiros a caminho dos Estados Unidos com voos provenientes em dez aeroportos de países de maioria muçulmana serão proibidos de carregar eletrônicos maiores do que celulares em suas bagagens de mão. A nova restrição de segurança afetará oito nações no Oriente Médio e na África, informou a administração de Donald Trump nesta terça-feira.
Notebooks, tablets, câmeras, leitores de livros digitais e aparelhos semelhantes podem ser carregados nas malas despachadas, porém, não devem ser levados pelos passageiros durante o voo, revelaram fontes do governo. De acordo com o jornal The New York Times, as companhias estrangeiras têm 96 horas a partir desta terça-feira para adotar a regra – empresas americanas não serão afetadas.
Os serviços de inteligência “indicam que grupos terroristas continuam apontando como alvo a aviação comercial”, ao esconder “explosivos em vários bens de consumo”, explicou à emissora CNN uma fonte do governo, que preferiu não se identificar.
A medida deve afetar cerca de cinquenta voos diários de nove companhias (Royal Jordanian, EgyptAir, Turkish Airlines, Saudi Airlines, Kuwait Airways, Royal Air Maroc, Qatar Airways, Emirates e Etihad Airways) com decolagem de dez aeroportos internacionais: Amã, Cairo, Istambul, Jidá, Riad, Kuwait, Doha, Dubai, Abu Dhabi e Casablanca.
Sem falar oficialmente à imprensa, autoridades americanas informaram com antecedência os países e as companhias aéreas envolvidas. Algumas publicaram na segunda-feira à noite, no Twitter, algumas informações para os clientes. As fontes não citaram um prazo para a proibição dos dispositivos eletrônicos, mas advertiram que se não colocarem as medidas em prática as companhias podem perder o direito de voar aos Estados Unidos.
(Com AFP)