Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

EUA proíbem visto a israelenses que atacaram palestinos na Cisjordânia

Sanção poderá ser estendida à família imediata dos envolvidos; decisão também foi aplicada a palestinos que agrediram israelenses

Por Paula Freitas 5 dez 2023, 18h03

O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira, 5, a proibição de visto americano a colonos israelenses que atacaram palestinos na Cisjordânia, território controlado militarmente por Israel. A restrição, que também foi aplicada a palestinos que participaram de agressões contra israelenses, impede que os envolvidos entrem nos Estados Unidos – uma sanção que poderá ser estendida à família imediata daqueles acrescentados à lista proibida.

A decisão é reflexo da guerra entre Israel e o grupo palestino radical Hamas, iniciada em outubro, e compreende que as medidas implementadas por Tel Aviv foram insuficientes para prevenir a violência entre civis. É a primeira vez desde a presidência de Bill Clinton (1993-2001) que o governo americano impossibilita a obtenção de vistos para os considerados extremistas. No comando da Casa Branca, Clinton chegou a cancelar o visto do ex-presidente da Colômbia, Ernesto Samper, pelo seu envolvimento com o narcotráfico.

+ Biden: guerra Israel-Hamas não acabará sem ‘solução real de dois Estados’

O artigo de Joe Biden

Em novembro, o presidente americano, Joe Biden, publicou um artigo de opinião em que traça paralelos entre a guerra na Ucrânia, eclodida em fevereiro do ano passado, e o conflito contra o Hamas. O democrata apontou que tanto a Rússia quanto os radicais palestinos procuram “varrer do mapa uma democracia vizinha” e que a “América não pode e não permitirá que isso aconteça” pelos seus “próprios interesses de segurança nacional – e para o bem do mundo inteiro”.

“Como será o nosso mundo do outro lado destes conflitos?”, escreveu. “Negaremos ao Hamas a capacidade de praticar o mal puro e não adulterado? Será que um dia os israelitas e os palestinianos viverão lado a lado em paz, com dois Estados para dois povos?”

Continua após a publicidade

Ao longo do texto, Biden defende que a Cisjordânia e o enclave palestino “sob uma única estrutura de governação” e que “é imperativo que nunca mais nenhuma ameaça terrorista emane de Gaza ou da Cisjordânia”. Ele também adiantou o anúncio desta terça-feira sobre a sanção contra os vistos.

“Tenho sido enfático com os líderes de Israel no sentido de que a violência extremista contra os palestinos na Cisjordânia deve acabar e que aqueles que cometem a violência devem ser responsabilizados”, acrescentou. “Os Estados Unidos estão preparados para tomar as suas próprias medidas, incluindo a proibição de vistos contra extremistas que atacam civis na Cisjordânia.”

+ Biden ‘não teve sensibilidade’ para parar guerra em Gaza, diz Lula

Preocupação com a Cisjordânia

Durante o comunicado, o secretário de Estado, Antony Blinken, afirmou que os Estados Unidos “se opuseram consistentemente às ações que minam a estabilidade na Cisjordânia”, comandada pela Autoridade Palestina. Em seguida, ele destacou “a necessidade de fazer mais para responsabilizar os colonos extremistas que cometeram ataques violentos contra os palestinos” no país e adiantou que os EUA “continuarão a dialogar” sobre o papel de Tel Aviv no controle das agressões.

Continua após a publicidade

“Tanto Israel como a Autoridade Palestiniana têm a responsabilidade de defender a estabilidade na Cisjordânia”, acrescentou.

Além disso, Blinken informou que levou os questionamentos a Israel, durante sua viagem ao país na semana passada. Ele disse, ainda, que participou de reuniões com o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, e do ministro da Defesa, Yoav Gallant, sobre o assunto. Para evitar o aumento das críticas de Washington, o embaixador israelense nos EUA, Mike Herzog, entregou ao Departamento de Estado e à Casa Branca um documento sobre o número de ataques a partir da declaração de guerra, incluindo as medidas implementadas pelo premiê para contê-los.

Segundo a administração Biden, a Casa Branca tem demonstrado preocupações, nos últimos três anos, sobre a escalada de violência por parte de israelenses. A eclosão do conflito contra o Hamas colocou, contudo, as advertências americanas no centro dos holofotes.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.