EUA querem empresas americanas na Coreia do Norte
Investimentos privados devem fluir depois de Pyongyang desmantelar seu programa de armas nucleares
O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse neste domingo (13) que Washington quer abrir caminho para investimentos privados americanos nos setores de energia, agricultura e infraestrutura da Coreia do Norte. Esse movimento se dará no contexto de um acordo que permita a retirada das sanções dos Estados Unidos contra Pyongyang em troca do desmantelamento do programa norte-coreano de armas nucleares.
Entrevistado por diversos programas de televisão na manhã de domingo, Pompeo disse que os Estados Unidos não querem investir dinheiro do contribuinte na Coreia do Norte, mas criar uma prosperidade econômica que “irá rivalizar” com a Coreia do Sul.
Os comentários de Pompeo acontecem antes da reunião de 12 de junho, em Cingapura, entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Será o primeiro encontro entre os chefes de Estado dos dois países.
“O que Kim terá da América é o nosso melhor: nossos empreendedores, nossos tomadores de risco, nossos providenciadores de capital. Eles terão o capital privado, que vai entrar. A Coreia do Norte precisa desesperadamente de energia para sua população. Eles precisam muito de equipamentos agrícolas e tecnologia”, disse ele à CBS.
“Nós podemos criar condições para uma prosperidade econômica real à população da Coreia do Norte, que vai rivalizar com a do Sul”, adicionou.
A mídia estatal da Coreia do Norte publicou durante o final de semana que o país agendou o desmantelamento do local que abriga sua bomba nuclear para maio. Pompeo elogiou a notícia desses planos.
“Cada simples local que a Coreia do Norte tenha e que possa gerar risco para as pessoas na América e que seja destruído, eliminado e desmantelado é uma boa notícia para os norte-americanos e para o mundo”. disse Pompeo à Fox News.
Ele adicionou ainda que “a perspectiva da Coreia do Norte é se tornar um país normal e interagir com o resto do mundo”,como a Coreia do Sul.