EUA responsabilizam grupo islâmico por ataque a americanos na Jordânia
Porta-voz afirmou que forças americanas darão resposta "no nosso tempo e no nosso horário”
A Casa Branca atribuiu formalmente nesta quarta-feira, 31, a responsabilidade do ataque de drones que matou três militares americanos ao grupo iraquiano denominado Resistência Islâmica, ligado ao Irã e considerado como uma espécie aglomeração de milícias.
“Acreditamos que o ataque na Jordânia foi planeado, financiado e facilitado por um grupo guarda-chuva denominado Resistência Islâmica no Iraque, que contém vários grupos, incluindo o Kataib Hezbollah”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.
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O porta-voz, no entanto, não acusou o Kataib Hezbollah, um grupo paramilitar xiita iraquiano que, segundo os EUA, teria recebido armas e treinamento do Hezbollah libanês no passado.
O Kataib Hezbollah assumiu autoria do ataque ocorrido no domingo 28 e, pouco depois, na segunda-feira, anunciou que iria suspender todas as operações contra militares dos Estados Unidos no Oriente Médio, às vistas de evitar retaliações de Washington. Acredita-se que mais milícias apoiadas por Teerã em países vizinhos, como o Iraque, sigam este exemplo.
“Estamos anunciando a suspensão das nossas operações militares e de segurança contra as forças de ocupação para evitar qualquer constrangimento para o governo iraquiano”, escreveu a facção islâmica no seu site.
No mesmo comunicado, o Kataib Hezbollah insistiu que conduziu todas as suas ações de forma independente do Irã. No entanto, a suspensão das operações foi quase certamente coordenada com Teerã, para dissipar, ao menos temporariamente, as tensões com os Estados Unidos.
Durante a semana, Washington prometeu uma resposta “muito importante” e Kirby declarou que “responderemos no nosso tempo e no nosso horário”. “A primeira coisa que você vê não será a última”, disse.