EUA só participarão de cúpula com Rússia se não houver invasão da Ucrânia
Presidente francês, Emmanuel Macron, passou o domingo articulando o encontro. Na quinta, os chanceleres americano e russo se reunirão para definir detalhes
Este domingo, 20, foi um dia de muitos desdobramentos envolvendo Rússia, Ucrânia e países que observam com preocupação as tensões na fronteira entre os dois países. Mais cedo, o presidente da França, Emmanuel Macron, passou o tempo todo ao telefone com seus colegas da Rússia, Ucrânia e Estados Unidos. Macron articula com os líderes uma cúpula para discutir a paz na região.
O presidente francês conversou com o colega russo, Vladimir Putin e, em uma ligação separada, com o ucraniano, Volodymyr Zelensky. Macron também ligou para Joe Biden, presidente americano. O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, devem se reunir na quinta-feira na Europa, desde que não ocorra uma invasão.
O Palácio do Eliseu disse em comunicado que Macron apresentou aos líderes a ideia de uma cúpula sobre “segurança e estabilidade estratégica na Europa”. Putin e Zelensky demonstraram, segundo o presidente francês, disposição em buscar uma solução diplomática para o impasse que envolve, entre outras coisas, a possível entrada da Ucrânia na Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan).
“Diante da urgência da situação, os presidentes reconheceram a necessidade de intensificar a busca de soluções por via diplomática por meio dos ministérios das Relações Exteriores e assessores assessores políticos”, disse o Kremlin em comunicado. “Esses contatos devem facilitar a restauração do regime de cessar-fogo e garantir o progresso na solução do conflito em Donbass.”
O presidente americano, Joe Biden, concordou “em princípio” com uma reunião com Putin, desde que a Rússia não ataque a Ucrânia. A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o governo deixou claro que “estamos comprometidos em buscar a diplomacia até o momento em que uma invasão começar”.
Em comunicado, Psaki disse: “Estamos sempre prontos para a diplomacia. Também estamos prontos para impor consequências rápidas e severas caso a Rússia opte pela guerra. E atualmente, a Rússia parece estar continuando os preparativos para um ataque em grande escala à Ucrânia muito em breve.”