EUA: Trump muda de ideia sobre Otan e sobre a China
Agora, diz que a aliança militar "já não é obsoleta" e que a China não manipula sua moeda
Às vésperas de completar seus primeiros 100 dias na Casa Branca, Donald Trump mudou suas posições sobre dois temas críticos nesta quarta-feira: a política monetária da China e a relevância da Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan). O presidente dos Estados Unidos afirmou hoje que a Otan “já não é obsoleta”, como havia dito durante a campanha eleitoral de 2016.
“Eu me queixei sobre isso faz tempo. Disse que era obsoleta. Já não é obsoleta”, disse Trump em uma coletiva de imprensa conjunta na Casa Branca com o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg. O governante americano acrescentou que o encontro tinha sido “produtivo” e que a Otan tinha decidido “fazer mais na luta contra o terrorismo “.
Com estas palavras, Trump dá um giro de 180 graus em suas críticas à Aliança Atlântica, que tinha atacado frontalmente durante a campanha eleitoral por não estar à altura das circunstâncias. Uma vez mais, insistiu na necessidade de que os membros da Otan aumentem a despesa em Defesa até o objetivo estipulado de 2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Da sua parte, Stoltenberg reafirmou que esta é uma de suas prioridades e que espera que todos os países-membros cumpram com o prometido. “A mensagem clara e direta do presidente Trump ajudou, e vemos como os países estão começando a trabalhar na direção adequada”, acrescentou o secretário-geral da Otan.
A cúpula de líderes da Otan programada para o final do próximo mês de maio em Bruxelas será a primeira viagem internacional de Trump.
China
Sobre Pequim, Trump também mudou seu discurso nesta quarta-feira. Em declaração ao jornal Wall Street Journal, o presidente americano pareceu colocar panos frios em um assunto que ameaçava as relações com a China, poucos dias depois de receber o presidente Xi Jinping.
“Não são manipuladores da moeda”, disse Trump ao jornal.
Durante meses, Trump disse que a China manipula sua moeda para obter vantagens comerciais.
(Com Reuters e EFE)