‘Europa está com a Ucrânia’, dizem líderes globais em Dia da Independência
Volodymyr Zelensky recebeu visita de Boris Johnson e mensagens de apoio de autoridades da UE em celebração aos 31 anos de separação da União Soviética
Líderes internacionais manifestaram nesta quarta-feira, 24, a sua solidariedade com a Ucrânia, na data em que a nação celebra 31 anos de independência da União Soviética.
Em visita à capital, Kiev, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que deixa o cargo no mês que vem após renunciar, se reuniu com o presidente Volodymyr Zelensky e assumiu o compromisso de continuar fornecendo ajuda humanitária, econômica e militar ao país em guerra “pelo tempo que for necessário”.
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“Enquanto as pessoas pagam as contas de energia, as pessoas na Ucrânia estão pagando com sangue”, disse Johnson.
What happens in Ukraine matters to us all.
That is why I am in Kyiv today.
That is why the UK will continue to stand with our Ukrainian friends.
I believe Ukraine can and will win this war. pic.twitter.com/FIovnqJGTS
— Boris Johnson (@BorisJohnson) August 24, 2022
Ao lado do presidente ucraniano em entrevista à imprensa, Johnson afirmou que a união entre países do Ocidente estava “crescendo” em relação ao apoio militar contínuo a Kiev, apesar dos rumores de que o apoio europeu poderia se reduzir com a crise do custo de vida no continente.
Em referência ao plano que visa reduzir as importações do gás natural da Rússia, o premiê acrescentou que as famílias britânicas “teriam que suportar a crise do custo de vida” para combater a “inevitável manipulação dos preços de energia de Moscou”.
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Na data que celebra a separação da União Soviética, Zelensky disse a repórteres que “a Ucrânia é o mais independente possível” hoje, e enfatizou que a unidade dentro do país não deve ser perdida.
Johnson reforçou o discurso do líder ucraniano afirmando que “a Ucrânia pode e vai vencer esta guerra” contra Moscou, que acaba de completar seis meses.
Esses comentários foram ecoados pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que afirmou que a Europa está com a Ucrânia “hoje e a longo prazo”.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, acrescentou que a União Europeia “nunca deixará de apoiar a independência da Ucrânia e sua corajosa luta contra a agressão ilegal russa”.
Na mesma toada, o chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que os corações do país estão com a Ucrânia hoje, que comemora seu feriado nacional em “circunstâncias terríveis”.
A Austrália também emitiu mensagens positivas, com o primeiro-ministro Anthony Albanese, dizendo que seu apoio permanece “inequívoco e firme” e está enraizado em sua crença de que a lei internacional deve prevalecer para preservar a soberania de todas as nações.
Outras autoridades europeias também manifestaram seu apoio a Kiev, incluindo os presidentes da Finlândia, Letônia, Lituânia e Moldávia e os ministros das Relações Exteriores da Polônia e da Turquia.