Ex-advogado de Trump é investigado por fraude bancária e fiscal
Autoridades americanas também investigam pagamentos feitos por Michael Cohen a mulheres com quem o presidente se relacionou antes das eleições de 2016
Michael Cohen, ex-advogado e braço direito do presidente Donald Trump, enfrenta uma investigação por fraude fiscal e bancária no valor de mais de 20 milhões de dólares, segundo a imprensa americana.
De acordo com o jornal The New York Times, investigadores federais consideram acusar Cohen formalmente até o final de agosto.
O foco das investigações são empréstimos multimilionários que o advogado recebeu de dois bancos de Nova York, assim como os lucros da companhia de táxis operada por sua família na cidade.
Os oficiais americanos tentam determinar se Cohen manipulou os valores de seus ativos para obter os empréstimos, que excedem 20 milhões de dólares. Também investigam se todos os lucros da empresa de táxi foram declarados de forma correta à Receita Federal americana.
Além disso, as investigações analisam os pagamentos feitos por Cohen a duas mulheres com quem Trump supostamente se relacionou antes das eleições presidenciais de 2016.
O advogado divulgou no final de julho a gravação de uma conversa entre ele e Trump em que os dois discutem os pagamentos feitos à ex-modelo da Playboy Karen McDougal em troca de seu silêncio sobre os encontros.
Segundo o NYT, os pagamentos à McDougal e à atriz pornô Stormy Daniels podem se enquadrar como uma violação da lei de financiamento de campanha dos Estados Unidos.
Qualquer acusação criminal contra Cohen pode significar um golpe direto contra o governo de Donald Trump. O advogado de 52 anos trabalhou para a empresa do presidente, a Trump Organization, por mais de uma década e foi um dos assessores mais leais e conhecidos de Trump.
Mesmo depois que o magnata assumiu a Casa Branca, Cohen ainda se autodenominava advogado pessoal do presidente.