George Papadopoulos, ex-assessor da campanha do agora presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi condenado a 14 dias de prisão nesta sexta-feira, 7, por mentir ao FBI em uma investigação sobre a interferência russa nas eleições americanas de 2016.
Papadopoulos “mentiu em uma investigação que era importante para a segurança nacional”, disse o juiz federal Randolph Moss, que também estabeleceu uma multa de 9.500 dólares. A sentença inclui um ano de liberdade supervisionada e 200 horas de serviços comunitários.
O ex-assessor de Trump fez um acordo com o promotor especial Robert Mueller, responsável pelo caso Rússia, e aceitou cooperar para ajudar nas investigações sobre a conluio entre a campanha do agora presidente e o Kremlin para prejudicar Hillary Clinton.
Em outubro de 2017, o ex-conselheiro de política internacional de Trump admitiu que mentiu ao FBI sobre uma conversa que teve em abril do ano anterior com um professor russo que tem conexões com o governo de Vladimir Putin.
Na conversa, que ocorreu quando Papadopoulos já era assessor de Trump, o professor prometeu repassar “milhares de e-mails” com informações comprometedoras sobre Hillary.
Papadopoulos também falou com o professor sobre um potencial encontro entre o ainda candidato Trump e Putin, que nunca aconteceu.
De acordo com a defesa do assessor, a ideia de um encontro não foi muito bem recebida por outros integrantes da equipe de campanha. No entanto, Trump concordou com a proposta e pediu para que o hoje secretário de Justiça, Jeff Sessions, organizasse o encontro.
A condenação ocorre 17 dias depois que Paul Manafort, ex-chefe de campanha de Trump, ter sido condenado por crimes de fraude envolvendo políticos e empresários russos. O caso não tem ligação com Trump, mas foi revelado por Mueller.
Além disso, Michael Cohen, ex-advogado pessoal do presidente, confessou vários crimes e envolveu Trump em um delito de violação de normas de campanha.
(Com EFE e AFP)