Ex-namorado que ateou fogo em atleta olímpica da Uganda morre
Ele sucumbiu às queimaduras que sofreu durante o ataque à maratonista Rebecca Cheptegei, que faleceu na última quinta-feira
O ex-namorado da atleta olímpica Rebecca Cheptegei, de Uganda, que morreu pouco depois dele atear fogo ao seu corpo, também faleceu nesta terça-feira, 10. Dickson Ndiema Marangach sucumbiu às queimaduras que sofreu durante o ataque, de acordo com o Hospital de Ensino e Referência Moi, no oeste do Quênia.
O hospital informou que Marangach morreu na segunda-feira, às 18h30 (13h30 no horário de Brasília), enquanto estava internado, quatro dias depois da maratonista de 33 anos, que competiu na maratona durante as Olimpíadas de Paris. Ela sofreu queimaduras em mais de 75% do corpo no ataque ocorrido em 1º de setembro.
Philip Kirwa, diretor executivo do hospital, confirmou que Marangach desenvolveu insuficiência respiratória e sepse devido a graves queimaduras nas vias aéreas, que resultaram em sua morte. Em comunicado, ele acrescentou que mais de 41% do corpo do agressor havia sido consumido pelo fogo após o ataque.
Violência cruel
A mídia local relatou que o incidente ocorreu quando Cheptegei havia retornado para casa da igreja no oeste do Quênia, onde morava. Seu ex invadiu a casa da atleta no domingo, 1º de setembro, jogou gasolina sobre ela e a queimou viva na frente das duas filhas, de 9 e 11 anos, segundo a polícia local.
O boletim de ocorrência descreve Cheptegei e Marangach como “um casal que constantemente tinha discussões familiares”. De acordo com o pai da vítima, o ataque foi motivado por uma disputa sobre um terreno que ela havia comprado.
Cheptegei, que terminou na 44ª posição nos Jogos de Paris, é a terceira atleta morta no Quênia nos últimos anos. Em outubro de 2021, a queniana Agnes Tirop, de 25 anos, medalhista de bronze nos 10 mil metros nos Mundiais de 2017 e 2019, foi morta a facadas em sua casa na cidade de Iten. Seu marido, Emmanuel Ibrahim Rotich, é acusado do assassinato, mas nega ser culpado.
Já em 2022, a corredora queniana Damaris Mutua foi encontrada morta, também em Iten. O principal suspeito do crime é seu companheiro.