Ex-porteiro de Trump também teve silêncio comprado, diz imprensa dos EUA
Caso faz parte das tentativas de assessores e amigos do presidente de tentar proteger sua imagem antes das eleições de 2016
A editora American Media Inc. (AMI) pagou 130.000 dólares a um ex-porteiro de um dos prédios do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que ele mantivesse o silêncio sobre os casos extraconjugais do republicano, informou a imprensa americana.
A AMI é a responsável pela publicação do jornal National Enquirer e o chefe da editora, David Pecker, é amigo pessoal de Trump.
Já havia sido revelado que a empresa pagou 150.000 dólares à ex-modelo da Playboy Karen McDougal para que ela não falasse sobre o seu caso com o presidente americano, que teria acontecido a partir de 2006.
Segundo a agência de notícias Associated Press, um funcionário da AMI entrou em contato com o ex-porteiro de Trump, Dino Sajudin, no final de 2015, e o fez assinar um contrato que o proibia de falar publicamente sobre as relações extraconjugais e sobre um rumor que corria na época de que o republicano havia tido um filho com uma funcionária do Trump World Tower, um arranha-céus de que Turmp é dono próximo à sede das Nações Unidas em Nova York.
A intenção da empresa era supostamente impedir que as informações vazassem e prejudicassem a campanha de Trump, que na época havia acabado de anunciar sua candidatura à Presidência dos Estados Unidos.
Os rumores sobre o filho do republicano e de sua funcionária não puderam ser confirmados e parecem ser falsos. A Associated Press confirmou as informações sobre o pagamento ao porteiro com entrevistas com dezenas de funcionários atuais e antigos do Enquirer e da American Media Inc.
Na segunda-feira, o FBI fez uma busca no escritório do advogado pessoal de Trump, Michael D. Cohen, e apreendeu uma série de documentos relacionados aos pagamentos feitos à atriz pornográfica Stormy Daniels para que ela também mantivesse o silêncio sobre seu caso com o presidente.
Cohen admitiu recentemente que pagou 130.000 dólares à Daniels, como parte de um acordo de confidencialidade antes da campanha eleitoral de 2016. Daniels afirma que manteve um caso com Trump em 2006.
(Com AP)