Ex-presidente da Bolívia Jeanine Anez segue estável após tentar suicídio
Ela está presa e é acusada de genocídio por repressão a protestos em 2019
A ex-presidente da Bolívia Jeanine Anez, de 54 anos, tem estado de saúde estável após tentar suicídio no último sábado (21).
Anez está presa sob acusação de genocídio pela repressão a manifestantes em 2019. “Podemos dizer, sem dúvida, que sua saúde está estável”, afirmou Juan Carlos Limpias, diretor da penitenciária em que a líder política está detida.
“No momento, Anez está com a família na penitenciária. A família será um fator importante para ajudar a melhorar seu estado de espírito ”, acrescentou.
Filha Anez, Carolina Ribera afirmou à imprensa que sua mãe tentou tirar a vida devido a uma “forte depressão”. O estado de saúde, afirma Ribera, foi desencadeado pela prisão prolongada.
Já a advogada da ex-presidente, Norma Cueller, disse que a tentativa de suicídio foi um “grito de socorro” e que “ela se sente muito assediada”.
Anez foi detida no início do ano sob acusação de ter participado de um golpe de estado em 2019 com o objetivo de destituir o ex-presidente Evo Morales. Ela nega as acusações e afirma ser vítima de perseguição política.
Na última sexta-feira (20), o procurador-geral da Bolívia, Juan Lanchipa, anunciou acusações de “genocídio” contra Anez. Ela teria ordenado violenta repressão a manifestantes em dois incidentes ocorridos em 2019, quando 22 pessoas morreram.
Lanchipa apresentou documentos em que classifica a ação das forças de segurança como “genocídio, lesões graves e leves e lesões seguidas de morte”.