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Exército de Israel dá aval a plano para nova ofensiva em Gaza em meio a racha com Bibi

Decisão do governo de ir em frente com ocupação da Cidade de Gaza criou desentendimentos com a cúpula militar

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 ago 2025, 07h46

O Exército israelense afirmou nesta quarta-feira, 13, que o chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, aprovou o “conceito principal” de um plano para uma ofensiva renovada na Faixa de Gaza. Israel definiu que lançará uma novo ataque, que incluirá uma invasão terrestre, e assumirá o controle da Cidade de Gaza, o maior aglomerado urbano do enclave.

Os militares israelenses capturaram a Cidade de Gaza logo após o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, antes de se retirarem do local. Segundo eles, o Hamas ainda tem bolsões de resistência no local. Autoridades adiantaram que a ocupação da cidade deve demorar semanas, embora, no domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse esperar concluir a nova ofensiva em Gaza “com bastante rapidez”.

Isso significa que um cessar-fogo ainda é tecnicamente possível, embora as negociações estejam fracassando e o conflito esteja a todo vapor.

O gabinete de segurança de Bibi deu sinal verde, na semana passada, para os planos de tomar o controle da Cidade de Gaza. A decisão foi recebido com críticas de líderes mundiais, organizações humanitárias e da oposição israelense. O ex-premiê Yair Lapid classificou a medida como um “desastre”, afirmando que ela vai contra as recomendações de autoridades militares e de segurança e põe em risco a vida de reféns ainda em cativeiro no enclave.

Racha entre Exército e políticos

A aprovação do novo plano para Gaza por Zamir ocorre em meio a um desentendimento entre os líderes políticos de Israel e seus comandantes militares.

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De acordo com a mídia israelense, a decisão de ocupar a Faixa de Gaza teria agravado as tensões entre o governo e a liderança militar do país, expondo também novas fraturas nas altas patentes do Exército e deteriorando as relações com os reservistas convocados para o que pode se tornar a fase mais perigosa da guerra.

Nos sete dias que antecederam a crucial reunião do gabinete de segurança israelense, na qual o plano foi aprovado, o chefe do Estado-Maior, Zamir, expressou repetidamente suas preocupações com a reocupação do território, alertando que a tomada de Gaza mergulharia Israel em um “buraco negro” de insurgências a longo prazo, crises humanitárias e risco alto para os reféns.

As críticas de Zamir desencadearam uma tempestade política. Um dos filhos de Netanyahu, Yair, acusou o chefe do Estado-Maior do Exército de motim. O ministro da Segurança Nacional, o ultradireitista Itamar Ben-Gvir, instou Zamir a “declarar claramente que cumprirá integralmente as instruções da liderança política, mesmo que a decisão seja ocupar Gaza”.

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Algumas reportagens na imprensa israelense sugeriram que o chefe militar do país poderia renunciar ao cargo, embora agora pareça ter aprovado os novos planos.

População palestina

Na noite de terça-feira 12, em uma entrevista à TV, Netanyahu reiterou a ideia – também aventada com entusiasmo pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – de que os palestinos deveriam simplesmente deixar o território que abriga mais de 2 milhões de pessoas após quase dois anos de conflito.

“Eles não estão sendo expulsos, eles terão permissão para sair”, disse ele ao canal de televisão israelense i24NEWS. “Todos aqueles que se preocupam com os palestinos e dizem que querem ajudá-los devem abrir seus portões e parar de nos dar sermão.”

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Líderes mundiais e organizações internacionais denunciaram a ideia de deslocar a população de Gaza. Especialistas afirmam que isso viola o direito internacional e pode ser enquadrado como crime de guerra, enquanto os palestinos alertam que seria como outra “Nakba” (catástrofe), quando mais de 700 mil fugiram ou foram forçados a deixar suas casas durante a guerra de 1948, que criou o Estado de Israel.

Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro da Nova Zelândia, Christopher Luxon, disse que Netanyahu “perdeu o rumo”, acusando-o de ir longe demais em seus esforços para travar uma guerra em Gaza. “Ele não está ouvindo a comunidade internacional e isso é inaceitável”, afirmou.

A Nova Zelândia insinuou que pode se juntar a países como Austrália, Canadá, França e Reino Unido no reconhecimento de um Estado Palestino.

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