Uma explosão em um café da cidade russa de São Petersburgo matou neste domingo, 2, Vladlen Tatarsky. Ele era um blogueiro com mais de 560 mil seguidores no canal Telegram. Especializado em assuntos ligados às forças armadas russas, Tatarsky vinha defendendo nas redes sociais a invasão do governo de Vladimir Putin no território da Ucrânia.
Segundo a agência de notícias russa TASS, a explosão que matou Tatarsky feriu outras dezesseis pessoas no café. O dispositivo que explodiu no local causou um colapso de parte da fachada do prédio. O explosivo, que estaria dentro de uma estatueta, teria sido entregue diretamente para o blogueiro por uma suposta espiã, durante uma homenagem.
O site Clash Report, que noticiou a explosão, diz que o café pertencia a Yevgeny Prigozhin, um dos fundadores e atual líder do Grupo Wagner, que é um grupo privado de mercenários que lutam na Ucrânia em favor das tropas da Rússia. Prigozhin teria sido convidado para a homenagem do blogueiro, mas não compareceu ao local onde ocorreu a explosão.
O verdadeiro nome de Tatarsky era Maxim Fomin. Em setembro, o blogueiro participou de uma cerimônia no Kremlin, onde estava o presidente russo . Neste evento, foi proclamada a anexação pela Rússia de quatro regiões ocupadas parcialmente pela Ucrânia.
Tatarsky apresentava um perfil belicista. Após a cerimônia no Kremlin, ele afirmou em um vídeo: “Vamos derrotar todo mundo, vamos matar todo mundo, vamos roubar todo mundo que precisarmos roubar. Tudo será da maneira como nós queremos”.