Explosão em supermercado de São Petersburgo deixa dez feridos
Causas ainda são desconhecidas, mas polícia não descarta a possibilidade de atentado terrorista
Uma explosão dentro de um supermercado deixou ao menos dez pessoas feridas na cidade de São Petersburgo, noroeste da Rússia. Segundo a polícia local, as causas da explosão ainda não foram esclarecidas.
Em comunicado, a polícia informou que a detonação aconteceu por volta das 18h30 no horário local (13h30 de Brasília) no supermercado Perekrestok. “As circunstâncias do incidente estão sendo estudadas”, acrescentou a polícia.
Nenhuma morte foi confirmada. De acordo com o serviço de emergências, a explosão não causou danos no estabelecimento nem provocou um incêndio. O supermercado foi fechado logo após o ocorrido e cerca de 50 pessoas tiveram que deixar o prédio.
“Dez pessoas foram hospitalizadas, mas estão fora de perigo”, afirmou um funcionário do Comitê de Investigação, Alexandre Klaus, citado pelas agências de notícias russas TASS e Interfax. Entre os hospitalizados, um está gravemente ferido, disse à AFP uma fonte dos serviços de saúde.
Uma investigação foi aberta por tentativa de homicídio, segundo a mesma fonte, mas todas as hipóteses estão sendo consideradas. As autoridades indicaram não descartar nenhuma pista, mas, por ora, não abriram formalmente um procedimento de atentado terrorista.
“Um artefato explosivo artesanal com potência equivalente a 200 gramas de TNT cheio de fragmentos letais detonou” no estabelecimento, disse a porta-voz do Comitê de Investigação, Svetlana Petrenko. Segundo a imprensa local, o artefato estava escondido no guarda-volumes do supermercado.
Em abril deste ano, São Petersburgo sofreu um atentado no metrô que deixou dezesseis mortos e dezenas de feridos. O ataque foi reivindicado por um grupo pouco conhecido ligado à rede Al Qaeda.
Em dezembro, um atentado terrorista à catedral de Kazansky, em São Petersburgo, foi impedido pelo serviço de segurança russo graças a informações fornecidas pela agência de espionagem americana CIA. O presidente russo Vladimir Putin chegou a telefonar para o presidente americano Donald Trump para agradecer as informações.
A Rússia foi ameaçada em diversas ocasiões pelo grupo Estado Islâmico e pelo braço sírio da Al Qaeda desde o começo de sua intervenção militar na Síria, em setembro de 2015. Depois que Putin anunciou neste mês uma retirada parcial das tropas russas da Síria, os serviços de segurança disseram temer uma chegada de extremistas do país em guerra.
(Com AFP)