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Extração de areia está ‘esterilizando’ fundo dos oceanos, alerta ONU

Prática pode gerar danos irreversíveis para a vida marinha

Por Da Redação
Atualizado em 5 set 2023, 20h32 - Publicado em 5 set 2023, 20h31
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    Extração de areai na praia de Lung Mei,x Tai Mei Tuk, Hong Kong (CHUNYIP WONG/Getty Images)

    Cerca de 6 bilhões de toneladas de areia são escavadas todos os anos do fundo dos oceanos, de acordo com um levantamento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que aponta para o risco de “esterilização” do oceano e danos irreversíveis para a vida marinha.

    “Estão basicamente esterilizando o fundo do mar, extraindo areia e triturando todos os microrganismos que alimentam os peixes”, disse Pascal Peduzzi, diretor do Pnuma, em entrevista coletiva realizada em Genebra nesta terça-feira, 5. Ele apontou também para o risco ainda maior da extração total de areia, que atinge o leito rochoso, protagonizado por algumas empresas.

    Peduzzi salientou ainda que “toda a nossa sociedade depende da areia como material de construção”, para fazer de tudo, desde escolas, hospitais e estradas até barragens hidroelétricas e vidros. Ao mesmo tempo, a areia desempenha um papel ambiental vital, incluindo proteger as comunidades costeiras da subida do nível do mar.

    De acordo com a agência, apesar do número ser inferior ao depósito anual de areia dos rios globais, alguns lugares já apresentam taxas de remoção superiores às de reposição.

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    Os resultados expostos coincidem com o lançamento da plataforma Marine Sand Watch, responsável pelo monitoramento mundial da dragagem, a escavação de para retirada de sedimentos em meios aquáticos. O programa apresentado é financiado pelo governo suíço e vai contar com as tecnologias de inteligência artificial e rastreamento marinho.

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    No ano passado, o Pnuma pediu um melhor monitoramento da extração e uso de areia para evitar uma crise ambiental e recomendou a suspensão da mineração nas praias e o estabelecimento de um padrão internacional para a extração no ambiente marinho.

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    A Associação Internacional de Empresas de Dragagem (IADC), a organização guarda-chuva da indústria que movimenta bilhões de dólares, lançou nesta terça-feira um documento sobre as melhores práticas para a dragagem responsável dos “recursos escassos”.

    Embora as práticas e regulamentações internacionais variem, alguns países, incluindo Indonésia, Tailândia, Malásia, Vietnã e Camboja, proibiram a exportação de areia marinha.

    Outros países, como Estados Unidos, Holanda, Bélgica e China, no entanto, seguem em altos índices de atividade, segundo Arnaud Vander Velpen, pesquisador da indústria de areia e analista de dados da Universidade de Genebra. Segundo relatórios, a China passa por um período recorde de dragagem e tem cerca de 200 navios dedicados a escavação.

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