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Falta de quórum no Congresso paraguaio adia votação de renúncia de Cartes

Presidente apresentou renúncia para poder tomar posse como senador em julho; Partido Colorado quer nova votação no Congresso

Por Da Redação
Atualizado em 30 Maio 2018, 16h43 - Publicado em 30 Maio 2018, 16h05

A renúncia de Horacio Cartes à Presidência do Paraguai não foi votada nesta quarta-feira (30) devido à falta de quórum no Congresso. A pequena presença de legisladores deveu-se a um bloqueio de vários partidos, que pretendem impedir o juramento de Cartes como senador.

A sessão extraordinária foi convocada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Pedro Alliana, depois de Cartes ter anunciado sua renúncia na segunda-feira (28) para tomar posse como senador em julho.

Apenas 13 dos 45 senadores e 50 dos 80 deputados compareceram à sessão. Os ausentes não querem que Cartes tome posse como senador em 1º de julho, mesmo depois de ele ter sido eleito para o cargo. A Constituição estabelece que os ex-presidentes do país sejam considerados senadores vitalícios, mas sem direito a voto.

Entre os ausentes havia senadores da corrente liderada por Mario Abdo Benítez, eleito para suceder a Cartes nas eleições de abril. Também aderiram ao boicote os deputados do Partido Liberal, o maior da oposição, e os cinco senadores da Frente Guasu, liderada pelo ex-presidente Fernando Lugo, hoje presidente do Congresso.

Destituído da presidência por impeachment em 2012, Lugo foi eleito para o Senado no ano seguinte.

O bloqueio atrapalha a tentativa de Cartes de tomar posse no dia 1º de julho. No entanto, o Partido Colorado afirma que vai pedir outra sessão extraordinária ao Congresso para votar a renúncia do ainda presidente do Paraguai.

Cartes apresentou sua renúncia para não acumular os dois cargos entre 1º de julho e 15 de agosto, quando Abdo Benítez o sucederá na Presidência. Caso a renúncia de Cartes seja aprovada na próxima votação do Congresso, a vice-presidente do Paraguai, Alicia Pucheta, assumirá o cargo, tornando-se a primeira mulher a ocupar a chefia do Executivo na história.

(Com EFE)

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