Famílias de vítimas denunciam Hamas ao Tribunal Penal Internacional
As onze vítimas foram mortas ou feridas pelos terroristas em Israel; Grande parte delas estava presente na rave Universo Parallelo
Famílias de onze vítimas do ataque do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, acusaram os combatentes palestinos de “crimes contra a humanidade” em uma queixa apresentada ao Tribunal Penal Internacional (TPI) nesta sexta-feira, 3.
Os familiares também apelaram ao procurador-geral da corte, Karim Khan, para investigar a operação do movimento radical como “crimes de guerra”, como parte de um “plano genocida”, de acordo com o comunicado do advogado de acusação, François Zimeray.
“Foi a execução de um plano genocida assumido pelos seus perpetradores. Perante a negação em tempo real, a verdade deve ser defendida, estas atrocidades devem ser conhecidas e gravadas na memória coletiva”, mostra o texto da queixa prestada por Zimeray, da Ordem dos Advogados de Paris e do TPI.
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As onze vítimas foram mortas ou feridas dentro das fronteiras israelenses. Grande parte deles estava presente na rave Universo Parallelo, onde os combatentes armados executaram mais de 260 pessoas. De acordo com o escritório de advocacia, “os fatos materiais não pode ser contestados”, uma vez que o Hamas “documentou e difundiu amplamente” as agressões, de forma a chocar a “consciência universal”.
O advogado solicitou à promotoria que “considerasse a conveniência de emitir um mandado de prisão internacional para os líderes do Hamas, seguindo o exemplo do mandado emitido para o presidente russo em relação à agressão na Ucrânia”.
A ação ocorre após o procurador-geral do TPI visitar a região do conflito. Na ocasião, ele discursou sobre o impedimento da entrada de ajuda humanitária a Gaza constituía um crime de guerra.