As autoridades das Filipinas elevaram nesta sexta-feira 14 o nível de alerta em todas as regiões do norte do país antes da passagem do potente tufão Mangkhut, de categoria máxima 5.
O tufão deve atravessar a ponta norte das Filipinas na manhã de sábado, com ventos de 205 quilômetros por hora e rajadas de até 255 quilômetros por hora. Cerca de 5,2 milhões de pessoas que moram no provável caminho da tempestade foram advertidas pelas autoridades locais para deixarem suas casas.
O Mangkhut pode ser tão devastador quanto o supertufão Haiyan, que deixou mais de 6.000 mortos e 14 milhões de afetados em 2013, alertaram os serviços de emergência do país. Com certeza, terá força muito maior que o furacão Florence, que atinge a costa leste dos Estados Unidos.
As nove províncias do norte da ilha de Luzon estão desde hoje pela manhã no nível de alerta número 3 (de um total de 5), já que nas próximas horas ventos de até 185 quilômetros por hora serão sentidos. Outras dez províncias do centro da ilha se encontram no nível de alerta número 2, segundo o último boletim da Agência Meteorológica do país (Pagasa, sigla em inglês).
Nesta sexta, por volta das 10 horas (hora local), o olho do tufão estava a 540 quilômetros de Baler, no litoral oriental de Luzon. Segundo as previsões da Pagasa, Mangkhut se fortalecerá nas próximas horas antes de tocar a terra amanhã.
Mais de 9.000 pessoas foram transferidas para abrigos temporários à medida que o Mangkhut, conhecido localmente como Ompong, se aproxima das províncias produtoras de arroz e milho de Cagayan e Isabela, onde o tufão deve chegar já na madrugada de sábado.
Meteorologistas advertiram sobre o risco de ondas destrutivas de até 6 metros atingirem vilarejos no caminho do tufão. “Meu pedido é que precisamos prestar atenção nas recomendações das autoridades. Fiquem dentro de casa”, disse o assessor presidencial Francis Tolentino, principal coordenador do governo para desastres.
O governo filipino mobilizou, por enquanto, cerca de 30 milhões de dólares para a resposta de emergência.
O presidente filipino, Rodrigo Duterte, se reunirá hoje à tarde com o centro de comando do Conselho Nacional de Gestão de Redução de Riscos de Desastres das Filipinas (NDRRMC, sigla em inglês) para analisar a resposta conjunta de todas as agências governamentais.
Duterte enviou membros de seu gabinete para todas as províncias que serão mais afetadas pela passagem do tufão, onde vivem 4,3 milhões de pessoas, para que coordenem os trabalhos de emergência.
Além das Filipinas, o tufão já passou pelo território americano de Guam, no Pacífico, onde causou enchentes e cortes de energia. A tempestade também deve passar diretamente por Hong Kong e Macau, na China, até o próximo domingo, 16.
Taiwan também emitiu nesta sexta-feira um alerta marítimo por causa da proximidade do tufão, que deve passar pelas águas do sul da ilha, em direção a China, segundo informações do Centro Meteorológico Central.
Os meteorologistas esperam que a tempestade tropical se aproxime de Taiwan no sábado e que seu raio de 300 quilômetros provoque fortes chuvas no sul da ilha e afete os mares a sudeste do país com fortes ventos e ondas.
(Com Reuters e EFE)