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Forças de paz da ONU atiram contra civis na República Democrática do Congo

Ao menos duas pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas, segundo governo congolês; Chefe da ONU classificou incidente como 'grave'

Por Vitória Barreto Atualizado em 1 ago 2022, 16h57 - Publicado em 1 ago 2022, 16h50
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  • Manifestantes atearam fogo em frente à sede da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Congo (MONUSCO) em Goma, em 25 de julho de 2022. - Manifestantes invadiram uma base das Nações Unidas na cidade congolesa de Goma na segunda-feira, disse um jornalista da AFP, exigindo a saída das forças de paz da região. Centenas de pessoas bloquearam estradas e gritaram slogans anti-ONU antes de invadir a sede da missão de paz da ONU em Goma, bem como uma base logística nos arredores da cidade. (Foto por GLODY MURHABAZI/AFP)
    Manifestantes atearam fogo em frente à sede da Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) na cidade de Goma. 25/07/2022. (GLODY MURHABAZI/AFP)

    Em um incidente considerado “grave” pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, as forças de paz da organização na República Democrática do Congo (Monusco) abriram fogo contra civis em um posto de fronteira no domingo, 31. Ao menos duas pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas, segundo o governo congolês.

    Em vídeo publicado nas redes sociais é possível ver um grupo de homens avançando contra um veículo da ONU no poste de controle de Kasindi, na fronteira com Uganda. Depois de uma breve conversa, os capacetes azuis, como são conhecidos os membros das forças de paz, então abrem fogo e seguem em frente com o carro.

    “Neste incidente, soldados da brigada de intervenção da Monusco retornando de folga abriram fogo em um posto de fronteira por razões ainda não determinadas, e forçaram a sua passagem”, escreveu a missão da ONU em comunicado. “Esse incidente sério provocou perda de vidas e ferimentos sérios”.

    A Monusco, presente no Congo desde 1999, é considerada uma das missões mais importantes e caras da organização, com 14.100 soldados e um orçamento anual de um bilhão de dólares.

    Segundo Bintou Keita, representante especial do secretário-geral da ONU na República Democrática do Congo, uma investigação sobre o ataque foi iniciada e os suspeitos foram presos. Ela também afirmou que autoridades do país de origem dos militares foram acionadas para que processos judiciais possam ser iniciados, mas não citou publicamente os países envolvidos.

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    “Perante este comportamento indescritível e irresponsável, os autores do tiroteio foram identificados e detidos enquanto se aguarda as conclusões da investigação, que já começou em colaboração com as autoridades congolesas”, ressaltou Keita.

    Em nota, o português António Guterres, chefe da ONU, disse estar “indignado” com o incidente e exigiu “responsabilidade”.

    +Escritórios da ONU são invadidos por manifestantes no Congo

    O incidente acontece dias depois de 19 pessoas, incluindo três integrantes das forças de paz, morrerem em uma série de protestos na mesma região. 

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    Na semana passada, as instalações da Monusco foram invadidas por centenas de manifestantes em um protesto motivado pela ineficácia das forças de paz em proteger a população congolesa de grupos armados que dominam a região.

    De acordo com informações da agência de notícias Reuters, manifestantes bloquearam estradas da cidade de Goma, no leste do país, saquearam computadores, móveis e objetos de valor de escritórios e incendiaram um portão do complexo da sede local das Nações Unidas.

    No leste do país, confrontos entre o Exército congolês e o grupo rebelde M23 também provocaram a fuga de milhares de pessoas. Um relatório da Human Rights Watch, organização internacional de direitos humanos publicado em 25 de julho, apontou que o M23 havia matado sumariamente pelo menos 29 civis desde meados de junho em áreas sob seu controle.

    Os ataques de militantes ligados ao Estado Islâmico também continuam na região, apesar dos esforços conjuntos dos exércitos congolês e ugandense para expulsar o grupo radical.

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