França aumenta segurança para Ano Novo após ameaças terroristas
Ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, destacou aumento de efetivo para lidar com tensões que rondam país
O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, afirmou nesta sexta-feira, 29, que o efetivo policial será reforçado para as comemorações de Ano Novo no final de semana por conta da ameaça terrorista “muito alta” que assombra o país.
De acordo com o ministro, cerca de 90 mil policiais serão destacados em todo o território, sendo 6 mil deles em Paris, além de 5 mil soldados da unidade ‘Sentinelle’, criada para lidar com ameaças terroristas. As badaladas festas de Réveillon de um dos principais destinos turísticos do globo prometem um certo ar de tensão.
“Apelei a uma participação extremamente elevada da polícia e das forças de segurança, dado o contexto da ameaça terrorista muito alta devido, claramente, ao que está acontecendo em Israel”, disse Darmanin a jornalistas.
+ Tentativa de ataque ligado ao Hamas na Europa acaba em sete prisões
O conflito entre Israel e o grupo militante palestino Hamas reacendeu ao redor do mundo, mas principalmente na Europa, um medo que parecia adormecido nos últimos anos. Alguns casos recentes que ocorreram no continente fizeram com que autoridades de segurança se voltassem para a questão de radicais infiltrados por lá.
No início do mês, um ataque a facadas matou uma pessoa e deixou outras duas feridas na região central de Paris. Depois de ser preso, ele teria dito à polícia que não podia aceitar as mortes de muçulmanos no Afeganistão e nos territórios palestinos.
A França figura entre os principais alvos dos ataques extremistas desde 2015, quando 130 pessoas foram mortas na capital francesa em ataques suicidas e armados que tiveram a autoria reivindicada pelo grupo jihadista Estado Islâmico.
Agora, as autoridades de segurança estão vendo um risco crescente vindo principalmente de agressores intitulados por eles de “lobos solitários”, que são mais difíceis de rastrear.
Em novembro, mais de 10 funcionários da inteligência e da polícia em cinco países europeus, incluindo Reino Unido, Alemanha e França, disseram à agência de notícias Reuters que estão aumentando a vigilância de militantes islâmicos.