O governo do Reino Unido anunciou, nesta terça-feira, que estenderá o uso da máscara obrigatório para lojas e supermercado da Inglaterra . No mesmo dia, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que “gostaria” de exigir o uso da máscara dentro de todos os ambientes fechados no país.
“Gostaria de tornar as máscaras obrigatórias em todos os espaços públicos fechados”, disse Macron. O presidente estimou que essa medida pode entrar em vigor a partir de 1º de agosto.
Comparado ao transporte público, onde o uso da máscara já é obrigatório em todo o país, a exigência do equipamento de proteção em espaços públicos fechados tem sido, segundo o presidente, “um pouco irregular”.
Macron demonstrou nesta terça-feira preocupação com a possibilidade de uma segunda onda da Covid-19 ao afirmar que tinha “indicações de que [o surto] está acelerando um pouco”.
Segundo estimativa do jornal The New York Times, as autoridades francesas reportaram 1.600 novos casos da doença na segunda-feira 13, número bem acima da média diária de 577 casos nos últimos 7 dias.
Do outro lado do Canal da Mancha, o ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, anunciou que a população da Inglaterra, que representa 85% do total da Grã-Bretanha, será obrigada a usar máscaras dentro de lojas e supermercados a partir de 24 de julho.
“A população [terá] mais confiança para fazer compras com segurança e melhorar as proteções para quem trabalha em lojas”, disse Hancock. A exigência só envolve os clientes. Já os funcionários dos estabelecimentos não serão obrigado a se protegerem com máscaras.
Antes da Inglaterra, a Escócia, que também pertence ao Reino Unido, já impõe o uso da máscara aos consumidores dentro de lojas desde sexta-feira 10.
Outros dois integrantes do Reino Unido, o País de Gales e a Irlanda do Norte, não fazem nenhuma exigência quanto ao equipamento de proteção dentro de lojas nem supermercados.
As medidas foram anunciadas depois que a Organização Mundial de Saúde reconheceu que o coronavírus pode se dissipar por meio de aerossóis. Foi uma mudança na postura da OMS, que antes sustentava que o principal meio de propagação da Covid-19 eram as gotículas de saliva de pessoas infectadas.
Um documento assinado por vários cientistas em todo mundo levou a entidade a considerar a contaminação também por aerossóis, partículas bem mais leves e que ficam suspensas no ar por muito mais tempo do que as gotículas.
(Com EFE)