França estende quarentena de coronavírus por duas semanas, até 15 de abril
País reporta 32.964 enfermos e 1.995 mortos desde o primeiro caso no país; na quinta-feira 26, registrou o recorde de 3.922 novos casos
O primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, anunciou nesta sexta-feira, 27, que o governo decidiu estender por duas semanas, até 15 de abril, a quarentena implementada em todo o país desde 17 de março como resposta à pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2). A França reportou quase 30.000 casos da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, e mais de 1.500 mortes.
“Após esses dez primeiros dias de confinamento, fica claro que estamos no início dessa onda epidêmica”, disse Philippe. “Anuncio a renovação do período de confinamento por mais duas semanas, começando na próxima terça-feira, 31, ou seja, até 15 de abril”, concluiu.
Philippe ainda ressaltou que esse período poderá ser estendido novamente se a situação de saúde exigir. Desde 17 de março, é proibido andar pelos espaços públicos na França exceto se a pessoa for “capaz de justificar seu deslocamento”. A multa para quem descumpre a quarentena pode chegar a 135 euros (760 reais).
Segundo o Ministério da Saúde, a França registrou 32.964 enfermos e 1.995 mortos desde o primeiro caso, em 24 de janeiro. Apenas na quinta-feira 26, foram reportados pelo menos 3.922 novos casos, um triste recorde para o país.
A região de Paris, chamada de Île-de-France, é a mais atingida no país, segundo o jornal francês Le Monde. Com 7.660 casos, responde por quase 25% de todos os enfermos no país, embora seus 12 milhões de habitantes não cheguem a 20% de toda a população francesa.
A França é o sétimo país mais atingido pela epidemia em todo mundo, segundo estimativa do jornal americano The New York Times. Na Europa, os franceses estão atrás apenas dos italianos, com mais de 80.000 casos, dos espanhóis, com 64.000, e dos alemães, com cerca de 42.000.
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou na quarta-feira 25 que as Forças Armadas serão mobilizadas no auxílio ao sistema de saúde pública no combate ao novo coronavírus.
(Com Reuters)