França fechará Torre Eiffel e Louvre com medo de novos protestos violentos
Em todo o país, serão mobilizados 89.000 policiais para impedir a repetição dos tumultos do último final de semana
Por Da Redação
7 dez 2018, 09h42
Manifestante segura uma bandeira francesa em meio a fumaça de gás lacrimogêneo lançado pela polícia em frente do Arco do Triunfo, na Champs Elysees, em Paris durante uma manifestação nacional contra o aumento dos preços do petróleo e do custo de vida - 24/11/2018 (Lucas Barioulet/AFP)
1/18 Pessoas participam de manifestação em Paris, França - 08/12/2018 (Piroschka van de Wouw/Reuters)
2/18 Manifestantes com coletes amarelos se ajoelham na Avenida Champs-Élysées próximo ao Arco do Triunfo e encara a Polícia francesa em Paris, França - 08/12/2018 (Christian Hartmann/Reuters)
3/18 Manifestantes vestindo coletes amarelos entram em confronto com a Polícia na Avenida Champs-Élysées em Paris, França - 08/12/2018 (Christian Hartmann/Reuters)
4/18 Guarda francês observa carro incendiado durante protesto em Marseille, França - 08/12/2018 (Jean-Paul Pelissier/Reuters)
5/18 Manifestantes vestindo coletes amarelos param em frente a loja vandalizada durante manifestação em Paris, França - 08/12/2018 (Benoit Tessier/Reuters)
6/18 Manifestante segura pintura de Marianne vestindo um colete amarelo na Praça da República em Paris, França - 08/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
7/18 Manifestantes com coletes amarelos exibem cartazes e a bandeira da França durante protesto na Praça da República em Paris, França - 08/12/2018 (Piroschka van de Wouw/Reuters)
8/18 O presidente Emmanuel Macron, o ministro do Interior da França, Christophe Castaner, o secretário de Estado Laurent Nunez e o prefeito da polícia de Paris Michel Delpuech chegam para visitar bombeiros e policiais no dia seguinte às manifestação em Paris - 02/12/2018 (Thibault Camus/Pool/Reuters)
9/18 Carros queimados são vistos no dia seguinte das manifestações em Paris - 02/12/2018 (Benoit Tessier/Reuters)
10/18 Um colete amarelo é visto dentro de uma loja vandalizada na manhã seguinte dos confrontos entre manifestantes vestindo coletes amarelos, um símbolo de um protesto de motoristas franceses contra os impostos mais altos sobre o diesel, e forças policiais em Paris, na França - 02/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
11/18 Uma pixação é vista ao lado de um caixa eletrônico depredado no dia seguinte das manifestações em Paris - 02/12/2017 (Stephane Mahe/Reuters)
12/18 Policiais trabalham em torno da mensagem feita no Arco do Triunfo "Os coletes amarelos triunfarão", escrita durante as manifestações da última noite em Paris - 02/12/2018 (Benoit Tessier/Reuters)
13/18 Manifestante é visto com uma bomba de gás lacrimogêneo durante a manifestação contra a alta dos impostos sobre o diesel - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
14/18 Vista aérea mostra confronto entre manifestantes de coletes amarelos e policiais durante um protesto contra medidas do governo francês - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
15/18 Manifestantes vestindo coletes amarelos, um símbolo de um protesto de motoristas franceses contra impostos mais altos no diesel, enfrentam a polícia de choque francesa durante os confrontos na Place de l'Etoile, perto do Arco do Triunfo, em Paris - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
16/18 Manifestantes de colete amarelo são vistos próximos a um carro em chamas durante protesto na Place de l'Etoile em Paris, França - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
17/18 Manifestantes vestindo coletes amarelos, um símbolo de um protesto de motoristas franceses contra impostos mais elevados sobre o diesel, passa perto de um carro em chamas durante os protestos perto da Place de l'Etoile em Paris, França - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
18/18 Uma nuvem de gás lacrimogêneo flutua proximo ao Arco do Triunfo, em Paris, enquanto manifestantes protestam contra a alta do preço dos combustíveis - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
A França fechará no próximo sábado, 8, a Torre Eiffel e outros pontos turísticos de Paris para evitar uma nova onda de protestos violentos na capital. Ao todo, 89.000 policiais estarão presentes nas ruas de várias cidades do país.
Os manifestantes que apoiam o movimento dos “coletes amarelos” convocaram para sábado mais um grande ato por todo o país. Este é o quarto fim de semana de protestos seguido.
Além da Torre Eiffel, os museus do Louvre e de Orsay, óperas e o complexo do Grand Palais, que recebe diversos eventos culturais, serão fechados, segundo o ministro da Cultura, Franck Riester.
Além disso, as autoridades de Paris instruíram lojas e restaurantes da Avenida Champs Élysées a permanecerem com as portas fechadas. Seis partidas de futebol da primeira divisão foram adiadas, entre elas os jogos entre Paris e Montpellier, Monaco e Nice, Toulouse e Lyon, e Saint-Etienne e Marseille.
“Não podemos correr o risco quando conhecemos a ameaça”, declarou Riester, à rádio RTL, acrescentando que os manifestantes de extrema-direita e extrema-esquerda planejavam se aproveitar das manifestações.
O primeiro-ministro Edouard Philippe afirmou que 89.000 policiais em todo o país serão mobilizados para impedir a repetição dos tumultos do último sábado, quando carros foram incendiados e lojas saqueadas na Champs Élysées.
“Temos diante de nós pessoas que não vão se manifestar, mas sim para destruir. Por isso, temos que manter a segurança dos franceses e garantir que eles não questionem as instituições nem o nosso modo de vida”, afirmou o primeiro-ministro. Serão 24.000 agentes nas ruas do que no final de semana anterior.
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O movimento
O movimento dos “coletes amarelos” começou como resposta a um plano do governo de elevar taxas de combustível para desestimular o uso de carros e fazer uma transição para energia limpa.
O governo francês decidiu abandonar o aumento de forma definitiva, mas nada parece aplacar o ímpeto da mobilização. Atualmente, o movimento está cada vez mais heterogêneo e engloba diversas reivindicações.
De certa forma, se tornou uma grande expressão do descontentamento da população com o governo do presidente Emmanuel Macron. Estudantes pedem o fim da reforma do Ensino Médio, caminhoneiros protestam contra um corte nos pagamentos das horas extras e o sindicato dos agricultores luta para ajudar os produtores rurais a melhorar seus rendimentos.
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Recuo do governo
Uma repetição da violência do último sábado na cidade de Paris, que incluiu pichações anti-Macron no Arco do Triunfo, seria um duro golpe para a economia e levantaria dúvidas sobre a sobrevivência do governo. O primeiro-ministro afirmou que o Estado fará todo o possível para manter a ordem.
Philippe disse também ao Senado que está aberto a novas medidas para ajudar os trabalhadores com salários mais baixos, enquanto o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, afirmou estar preparado para acelerar os cortes de impostos para as famílias.
“Estou pronto para analisar todas as medidas que ajudem a elevar o pagamento daqueles que recebem salário mínimo, sem causar danos excessivos à nossa competitividade e negócios”, disse Philippe.
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