O Ministério Público da França abriu uma investigação preliminar contra um segurança da Presidência francesa que se fez passar por policial nos protestos de 1º de maio e agrediu manifestantes, informaram nesta quinta-feira (19) fontes da Justiça do país europeu.
A investigação, segundo as fontes, se refere a supostos “atos de violência por parte de um funcionário do serviço público”, “usurpação de função” e “usurpação de símbolos reservados à autoridade pública” cometidos por Alexandre Benalla, que até agora era o encarregado de segurança nas viagens de Emmanuel Macron.
Um vídeo revelado pelo jornal Le Monde que mostra Benalla com um capacete de polícia agredindo manifestantes em 1º de maio desencadeou uma tempestade política na França, que o Palácio do Eliseu tentou aplacar hoje, ao assegurar que o funcionário recebeu “a maior sanção jamais vista contra um chefe de missão” da Presidência.
Em uma declaração aos veículos de imprensa, o porta-voz do Eliseu, Bruno Roger-Petit, considerou “inaceitável” o comportamento do segurança, que tinha recebido autorização para participar como “observador” com a polícia no dia 1º de maio e estava oficialmente de folga.
De acordo com Roger-Petit, Benalla “se excedeu amplamente” ao intervir “fisicamente para participar de uma operação de manutenção da ordem”.
O porta-voz afirmou que, uma vez que as autoridades tiveram conhecimento dos fatos, Benalla foi convocado pelo chefe de gabinete de Macron, que lhe notificou uma sanção disciplinar de 15 dias de suspensão de emprego e salário e sua destituição como responsável pela segurança durante as viagens presidenciais.
“Esta sanção foi notificada como uma última advertência antes de uma demissão”, detalhou Roger-Petit, que acrescentou que Benalla estava acompanhado por um gendarme da reserva, funcionário do partido de Macron e colaborador “muito pontual” do Palácio do Eliseu, que recebeu a mesma sanção.
(Com EFE)