O navio Aquarius, da ONG SOS Méditerránee, passou neste sábado em frente à ilha espanhola de Maiorca no seu sétimo dia de navegação, após o resgate de 629 imigrantes no mar. A Espanha que já havia sinalizado positivamente sobre receber os náufragos, anunciou neste sábado (16) que a França vai colaborar e acolher parte dos imigrantes que estão dentro do navio. De acordo com a vice-premiê espanhola, Carmen Calvo, responsável pela operação de acolhimento dos refugiados, o governo aceitou a proposta apresentada pela França, após uma conversa com o embaixador francês em Madri.
O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, agradeceu ao mandatário francês, Emmanuel Macron, pela oferta. “Esta é a cooperação com a qual a Europa deve responder à crise imigratória”, disse Sánchez, segundo a mídia local. O navio Aquarius resgatou há uma semana 629 imigrantes no Mar Mediterrâneo. A princípio, a embarcação solicitou autorização à Itália e Malta para desembarcar os passageiros em seus portos, mas o pedido foi negado. A Espanha aceitou dar acolhimento aos 629. O novo governo da Itália, formado pelo partido nacionalista Liga Norte e pelo antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), tem adotado uma política mais restrita à imigração.
A negação da Itália gerou até uma tensão diplomática com a França, que acusou Roma de “cinismo e irresponsabilidade”. Ontem, o premiê italiano, Giuseppe Conte, reuniu-se com Macron, em Paris, na tentativa de amenizar a crise e sugerir novas soluções ao problema imigratório. Mas neste sábado, o ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, voltou a afirmar que nenhum outro navio de ONG que resgata imigrantes no mar terá autorização para atracar no país.
(Com EFE)