Frente apoiada pelos EUA inicia ofensiva final contra o EI na Síria
A aliança liderada por milícias curdas e apoiada por coalizão internacional, afirma que acabará com Estado Islâmico no leste do país ‘de uma vez por todas’
As Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada liderada por milícias curdas e apoiadas pela coalizão internacional comandada pelos Estados Unidos, iniciaram nesta terça-feira (1º) a fase final da ofensiva para derrotar os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) na fronteira entre Síria e Iraque.
“Anunciamos que nossas forças, com a participação da coalizão internacional, começaram a fase final da campanha ‘Tempestade de Al Yazira'”, disse em entrevista coletiva a porta-voz Leila Abdullah, acompanhada do comandante Ahmed Abu Jaulah.
Esta ofensiva, lançada no dia 9 de setembro do ano passado, é denominada assim pelos participantes da aliança contra o EI no sul da província de Al Hasakah e no leste de Deir ez-Zor.
“Nas próximas semanas, as nossas heroicas forças liberarão essas áreas, assegurarão a fronteira sírio-iraquiana, e acabarão com a presença do EI no leste da Síria de uma vez por todas”, garantiu Abdullah.
“O EI tem uma presença significativa perto das fronteiras iraquianas, que se transformou no seu refúgio seguro para planejar ataques e realizá-los ao redor do mundo e expandir seu território na Síria e no Iraque. Os ataques dessas áreas aumentaram nas últimas semanas”, explicou.
O Conselho Militar de Deir ez-Zor, que está vinculado à coalizão e é parte das FSD, declarou em comunicado que “estas operações serão efetuadas para alcançar o objetivo de construir uma nova e democrática Síria, livre de terroristas, com sua integridade territorial intacta”. Além disso, indicou que participarão da batalha “todos os elementos sírios, que incluem árabes, curdos, cristãos e turcomanos”.
“Damos as boas-vindas ao apoio das forças iraquianas na fronteira e a nossos parceiros na aliança internacional”, destacou Abdullah.
O porta-voz da coalizão internacional, o tenente-general James B. Jarrard, argumentou em comunicado que continuarão lutando até “assegurar a libertação de todo o território ocupado pelos terroristas do EI”. “Isto é um passo essencial para dar uma estabilidade duradoura ao Iraque e à Síria”, completou.
Por sua parte, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, ressaltou em comunicado que “a luta será difícil”, mas que “os dias do EI controlando território e aterrorizando o povo da Síria estão chegando ao seu fim”.
Conflitos
No último dia 25 de abril, o EI atacou posições das FSD perto de uma base com presença de soldados americanos, que derivou em intensos combates entre ambas partes e causou um número indeterminado de baixas, mas terminou com a retirada dos extremistas para as áreas que controlam no leste de Deir ez-Zor.
As forças lideradas por curdos dominam áreas do leste e do norte da Síria e grande parte da região de fronteira com a Turquia e o Iraque, distribuídas nas províncias de Raqqa, Al Hasakah e Deir ez-Zor.
Estas áreas foram recuperadas do EI no ano passado em uma ofensiva respaldada por tropas americanas e com o apoio aéreo da coalizão internacional.
(Com EFE)