O já perigoso furacão Beryl subiu, nesta segunda-feira, 2, para a categoria 5, a maior da escala. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos afirmou que a tempestade “potencialmente catastrófica” está se movendo pelo leste do Caribe, derrubando linhas de energia e inundando ruas, e pode atingir a Jamaica.
O Beryl traz um início feroz e precoce à temporada de furacões deste ano. Cientistas afirmam que as mudanças climáticas provavelmente contribuíram para a rapidez de sua formação, uma vez que o aquecimento global aumentou as temperaturas do Atlântico Norte.
Nesta manhã, o furacão com ventos de até 257 km/h estava a cerca de 1.352 quilômetros de Kingston, a capital jamaicana, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (CNH).
A tempestade atingiu o Caribe no início desta terça-feira como a primeira de categoria 4 já registrada na região.
“Beryl é agora um furacão de categoria 5 potencialmente catastrófico”, disse o NHC em comunicado, acrescentando que a expectativa do fenômeno são ventos potencialmente fatais, além de uma tempestade para a Jamaica no final desta semana.
Trajetória do furacão
A previsão é que o furacão atravesse muitas ilhas populosas do Caribe Central até a quarta-feira. Segundo o CNH, está previsto que o furacão chegue ao Golfo do México no sábado, 6. Na quarta-feira, 3, ele vai passar próximo da Jamaica.
O núcleo do furacão vai causar “danos causados pelo vento potencialmente catastróficos” em partes da Ilhas de Barlavento. Os países mais expostos aos perigos são Granada e São Vicente Granadinas, onde pessoas relataram danos em telhados de prédios e corte de energia. Alertas de furacão também já foram acionados em Barbados e Trindade e Tobago. Além disso, um alerta de tempestades tropical foi emitido em Martinica (região ultramarina francesa), Trinidade, República Dominicana e Haiti.
Em Barbados, espera-se que o furacão traga 8 a 15 centímetros de chuva ao longo do dia. Algumas áreas vão registrar até 25 cm, especialmente Granadinas e Granada. A administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA previu em maio que as atividades de furacões no Atlântico seriam acima do normal em 2024. O furacão, que surgiu recentemente, ganhou tanta força devido as águas ferventes do oceano – atualmente a temperatura na região está 3ºC acima da média.