O furacão Hilary, que perdeu força nas últimas 48 horas e foi rebaixado a uma tempestade tropical, chegou neste domingo à península mexicana de Baja Califórnia e causou mais estragos na região. Embora os ventos tenham sido enfraquecidos, as fortes chuvas ainda causam inundações repentinas e há relatos de uma pessoa morta no México, com estradas destruídas e ruas transformadas em rios, o que preocupa também as autoridades americanas. O fenômeno se aproxima dos Estados Unidos, em direção ao sudoeste do país, e já há alertas para consequências com risco de vida.
Meteorologistas já alertam, nos Estados Unidos, para inundações que podem causar grandes problemas no país, segundo a agência Reuters. Voos e eventos esportivos já foram afetados pelo alerta, em meio a orientações para que a população permaneça em casa com suprimentos de emergência. No México, relatos e imagens compartilhadas nas redes sociais registram torrentes jorrando pela janela de casas, o que contribui para a dimensão dada à tempestade.
Mesmo com a perda de força, a tempestade deve ser a mais intensa a atingir o sudoeste dos Estados Unidos em 80 anos. A ocorrência de fenômenos deste tipo na região é rara, já que o ar seco, as águas frias do litoral e os padrões de vento na costa californiana geralmente os dissipam. A aproximação de Hilary já havia resultado na emissão de um alerta de tempestade tropical para a Califórnia, se estendendo desde a fronteira sul até o norte de Los Angeles. Existe uma preocupação real de que em certas áreas possa chover o equivalente a um ano em apenas um dia.
Em Nevada, o governador Joe Lombardo mobilizou 100 soldados da Guarda Nacional para apoiar o sul do estado. Em uma medida complementar, o presidente Joe Biden ativou a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências para fornecer assistência onde for preciso. Ao atingir o norte da península de Baja Califórnia, a tempestade carregava ventos de 96 quilômetros por hora, e quase duas mil pessoas já foram evacuadas para abrigos.