O governador da Flórida, Rick Scott, foi direto, neste sábado, ao assegurar que os efeitos do poderoso furacão Irma, com fortes ventos e intensas chuvas, já começam a ser sentidos no sul do Estado e pediu a seus moradores que tomem medidas para proteger-se deste ciclone “fatal”. “O furacão Irma já está aqui”, disse Scott em declarações à imprensa no Centro de Emergências da Flórida, com sede em Tallahassee, capital do Estado.
Scott qualificou Irma como um furacão “assassino”, que já deixou pelo menos dezoito mortos na sua passagem pelo Caribe e se aproxima da Flórida com ventos de 215 quilômetros por hora.
Às 8h (horário local, 9h de Brasília), o olho de Irma estava 135 quilômetros ao leste de Caibarién, em Cuba, e 440 ao sul-sudeste de Miami, e avançava a uma velocidade 19 quilômetros por hora na direção oeste. O furacão havia perdido intensidade após tocar a terra cubana na noite desta sexta-feira, mas espera-se que volte a ganhar força nas próximas horas, a caminho do estreito da Flórida.
Os meteorologistas projetam que o furacão toque terra neste domingo nas ilhotas e na costa oeste da Flórida, razão pela qual afetaria menos que o inicialmente previsto populosos condados da costa leste como Miami-Dade, Broward e Palm Beach, onde o presidente Donald Trump tem sua “Casa Branca de inverno”. O governador lembrou que se prevê que o nível do mar aumente até 3,6 metros em várias áreas da costa. “Pode cobrir sua casa”, advertiu.
Por esse motivo, pediu aos moradores dessas áreas que deixem suas casas o mais rápido possível. “Não deixe para amanhã, não saia esta tarde… Se você está em uma zona de evacuação, saia agora”. Scott ressaltou a importância dos 260 refúgios abertos no Estado, aos quais se somarão 70 ainda hoje, e que já acolheram mais de 50.000 pessoas.
O governador disse ainda que fala quase diariamente com Trump e a Casa Branca, e que o governo federal garantiu todos os recursos que a Flórida possa necessitar. “A Flórida é dura, resistente, inquebrantável e sairemos disto muito fortes”, destacou o governador ao lembrar que estão em “estado de emergência”.
Por este motivo, segundo disse, trabalham “agressivamente” para que haja combustível nos postos de gasolina, ainda que tenha reconhecido que “não durará”, pois os portos marítimos já não recebem mais tanques e será preciso esperar a passagem de “Irma”, quando retomarão a escolta dos caminhões-cisterna aos pontos de venda.
Scott, que ordenou há dois dias o desdobramento de 7.000 membros da Guarda Nacional da Flórida, pediu que todo pessoal de enfermaria disponível no estado se transfira aos refúgios para atender às pessoas necessitadas.
(Com agência EFE)