Líderes mundiais, especialmente Angela Merkel, criticaram o fato de os EUA terem sido o único país a deixar o Acordo de Paris sobre questões climáticas
Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h36 - Publicado em 9 jul 2017, 09h23
O presidente dos EUA, Donald Trump, e a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, durante o encontro da cúpula do G20 (Ukas Michael/Getty Images)
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A cúpula do G20 terminou neste sábado em Hamburgo, na Alemanha, em meio a protestos e confusão do lado de fora, e com o presidente americano Donald Trump isolado em relação às questões climáticas. Apenas os Estados Unidos votaram contra o Acordo de Paris, que luta contra o aquecimento global e terminaram com uma derrota por 19 a 1. Trump, no entanto, selou um compromisso a favor do livre comércio, reconhecendo o direito dos Estados Unidos de se defender de “práticas injustas”.
A Alemanha, à frente do grupo das principais economias do mundo e das potências emergentes, apressou as negociações até o último momento e conseguiu, como queria a chanceler Angela Merkel um documento assinado por todos que expõe as discordâncias e ficam evidentes as diferenças com Washington.
“Em alguns temas obtivemos bons resultados, embora não negue que as negociações foram difíceis”, admitiu na entrevista coletiva final Merkel, que se mostrou “muito contente” porque todos os líderes, exceto Trump, ratificaram seu compromisso com o Acordo de Paris.
O texto final deixou claro o descontentamento com o abandono americano. “Está muito claro que não conseguimos chegar a um consenso, mas as diferenças não foram escondidas. Alteramos a declaração, que deixa muito clara a diferença entre o que os Estados Unidos querem e o que os outros países querem”, afirmou Merkel.
No comunicado conjunto, os parceiros do G20 definem esse acordo como “irreversível” e se comprometem a aplicá-lo “o mais rápido possível”. Washington conseguiu incluir uma frase controversa, na qual diz que ajudará países terceiros a “usar combustíveis fósseis”, como o carvão e o petróleo, “de forma mais limpa e eficiente”, ponto que atrasou o acordo, até que finalmente ficou claro na redação do documento que era exclusivamente uma intenção dos Estados Unidos.
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1/18 O presidente Michel Temer conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a cúpula do G20, na Alemanha (Beto Barata/PR)
2/18 O presidente Michel Temer cumprimenta o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a cúpula do G20, na Alemanha (Beto Barata/PR)
3/18 O presidente Michel Temer cumprimenta o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a cúpula do G20, na Alemanha (Beto Barata/PR)
4/18 O presidente Michel Temer cumprimenta a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, durante a cúpula do G20 (Friedemann Vogel/Getty Images)
5/18 Líderes das principais potências mundiais se reúnem para conferência do G20 em Hamburgo, na Alemanha - 07/07/2017 (Axel Schmidt/Reuters)
6/18 Líderes das principais potências mundiais se reúnem para conferência do G20 em Hamburgo, na Alemanha - 07/07/2017 (Wolfgang Rattay/Reuters)
7/18 O presidente Michel Temer chega à Filarmônica de Hamburgo, para o encontro de cúpula do G20, na Alemanha (Beto Barata/PR)
8/18 O presidente Michel Temer chega à Filarmônica de Hamburgo, para o encontro de cúpula do G20, na Alemanha (Patrik Stollarz/AFP)
9/18 Presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Vladimir Putin, da Rússia, se encontram durante conferência do G20 em Hamburgo, na Alemanha - 07/07/2017 (Saul Loeb/AFP)
10/18 Presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, durante conferência do G20 em Hamburgo, na Alemanha - 07/07/2017 (John MacDougal/Reuters)
11/18 Presidente Michel Temer, durante reunião do G20 em Hamburgo, na Alemanha - 07/07/2017 (Rogério Melo/PR)
12/18 Presidente Michel Temer, durante reunião do G20 em Hamburgo, na Alemanha - 07/07/2017 (Rogério Melo/PR)
13/18 Presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Vladimir Putin, da Rússia, se encontram durante conferência do G20 em Hamburgo, na Alemanha - 07/07/2017 (Steffen Kugler/Bundesregierung/Divulgação/Reuters)
14/18 Michel Temer cumprimenta a chanceler alemã, Angela Merkel, durante conferência do G20 em Hamburgo, na Alemanha - 07/07/2017 (Tobias Schwartz/AFP)
15/18 Presidente Michel Temer, durante reunião do G20 em Hamburgo, na Alemanha - 07/07/2017 (Beto Barata/PR/Divulgação)
16/18 Líderes das principais potências mundiais se reúnem para conferência do G20 em Hamburgo, na Alemanha - 07/07/2017 (Beto Barata/PR/Divulgação)
17/18 Presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Vladimir Putin, da Rússia, se encontram durante conferência do G20 em Hamburgo, na Alemanha - 07/07/2017 (Carlos Barria/Reuters)
18/18 O presidente Michel Temer durante encontro o de cúpula do G20 ) em Hamburgo, na Alemanha (Axel Schmidt/Reuters)
Livre comércio – O segundo impasse nas negociações foi a defesa do livre comércio e a rejeição ao protecionismo, princípios clássicos do G20 que vão contra a política econômica de Trump. Finalmente, o G20 ressaltou que o comércio e os investimentos internacionais são “importantes motores para o crescimento, a produtividade, a inovação, a geração de emprego e o desenvolvimento” e reiterou sua aposta em manter abertos os mercados e lutar contra medidas protecionistas.
Não entanto, a pedido de Washington, também foi reconhecido “o papel de legítimos instrumentos de defesa comercial” perante “práticas injustas”. Nessa questão, Merkel comemorou o acordo alcançado para buscar em um fórum multilateral e até novembro soluções para a sobrecapacidade de aço, que levou recentemente os EUA a ameaçarem com sanções a União Europeia (UE) e a China.
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As demais questões documento final da cúpula, de 14 folhas, já tinham chegado a Hamburgo praticamente pactuadas e Merkel conseguiu sem maiores problemas fazer com que os líderes mundiais se comprometessem a melhorar a cooperação na luta contra o terrorismo e a resposta perante as pandemias.
Com este balanço, um documento unânime em que ficou claro que os EUA decidiram se isolar, os líderes foram deixando Hamburgo e a cidade começou a respirar após três dias de protestos e violentos distúrbios que deram a volta ao mundo. As confusões deixaram 143 presos e 213 policiais feridos.
1/10 Policias avançam em confronto dos manifestantes contra a conferência do G20 na tentativa de conter os protestos em Hamburgo, na Alemanha. (Pawel Kopczynski/Reuters)
2/10 Manifestantes ascendem sinalizadores durante o protesto contra a conferência do G20 onde se reúnem os líderes das principais potências mundiais em Hamburgo, na Alemanha. (Steffi Loos/AFP)
3/10 Polícia alemã usa caminhões com jatos de água enquanto avançam para conter os manifestantes contra a conferência do G20, em Hamburgo. (Pawel Kopczynski/Reuters)
4/10 Manifestantes se dispersam ao serem atingidos por jatos de água dos caminhões da polícia alemã durante protesto contra a conferência do G20 em Hamburgo, na Alemanha. (Hannibal Hanschke/Reuters)
5/10 Policias alemães expulsam manifestantes que tentaram bloquear uma rua durante a conferência do G20 em Hamburgo. (Hannibal Hanschke/Reuters)
6/10 Manifestantes são atingidos por jatos de água de caminhões da policia alemã na tentativa de dispersar os protestos contra a conferência do G20, em Hamburgo. (Daniel Reinhardt/AFP)
7/10 Ativistas do Greenpeace manifestam contra a conferência do G20 ao lado de uma estátua do presidente norte americano Donald Trump. (Fabian Bimmer/Reuters)
8/10 Manifestantes são atingidos por canhões de água da polícia enquanto protestam em Hamburgo, norte da Alemanha, onde os líderes das principais economias do mundo se reúnem para a cúpula do G20 - 07/07/2017 (David Young/AFP)
9/10 Manifestante chuta um carro durante protesto contra a conferência do G20 na Alemanha. (Hannibal Hanschke/Reuters)
10/10 Policias alemães expulsam manifestantes que tentaram bloquear uma rua durante a conferência do G20 em Hamburgo. (Pawel Kopczynski/Reuters)
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