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González insta Forças Armadas a impedirem repressão a protestos na Venezuela

Principal rival de Maduro nas eleições e declarado presidente eleito pela oposição, o diplomata convocou toda a população a um ato nesta terça-feira

Por Amanda Péchy
30 jul 2024, 13h17
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  • Edmundo González Urrutia, candidato que a oposição na Venezuela diz ter vencido as eleições do último domingo contra Nicolás Maduro, fez um apelo às Forças Armadas do país nesta terça-feira, 30, pedindo que os soldados e demais forças de segurança refreiem e impeçam qualquer repressão a protestos pacíficos. Várias manifestações começaram a pipocar na segunda-feira após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarar o presidente bolivariano oficialmente reeleito, resultando em ao menos quatro mortes, 30 feridos e cinquenta detenções.

    González afirmou que a “indignação da população é justificada”, e que ficou preocupado com relatos de pessoas falecidas, feridas e presas, em meio à contestação dos resultados eleitorais pela oposição e por grande parte da comunidade internacional.

    “Instamos as forças de segurança e Forças Armadas a respeitar a vontade dos venezuelanos e deter a repressão de manifestações pacíficas”, afirmou ele em um vídeo publicado em suas redes sociais. “A constituição está acima de todos. Queremos paz e respeito à vontade popular. A verdade é o caminho para a paz”, completou.

    O mundo segue em alerta depois que a líder oposicionista María Corina Machado, em declaração à imprensa ao lado de González convocou todos os venezuelanos do país a uma manifestação nesta terça-feira, 30, entre às 11h e 12h locais (12h e 13h em Brasília).

    Em paralelo, o regime também chamou uma marcha em direção ao Palácio de Miraflores, a residência presidencial oficial, “para defender a paz”.

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    A perseguição à oposição intensificou-se neste ano, em que mais de 130 líderes e ativistas foram detidos. Nesta terça-feira, o líder do partido de oposição Vontade Popular (VP), Freddy Superlano, foi detido serviços de inteligência. Os agentes invadiram sua casa em Caracas, mostrou um vídeo publicado na conta do X, antigo Twitter, do ex-deputado.

    “Devemos denunciar responsavelmente ao país que há poucos minutos foi sequestrado o nosso coordenador político nacional, Freddy Superlano”, anunciou no X o partido VP.

    Superlano foi ativamente incorporado ao comando de campanha de Edmundo González, candidato que substituiu a vencedora das primárias da oposição, María Corina, inabilitada pelo regime chavista por supostas irregularidades financeiras, nunca comprovadas.

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