As autoridades da província de Ancara, a capital da Turquia, anunciaram nesta quarta-feira 2 que estão proibidos quaisquer tipos de protesto, greve, reunião ou celebração durante o mês de agosto na capital, com a justificativa de que as concentrações aumentam o perigo de atentados terroristas.
Em um comunicado, o escritório do governador provincial menciona a detenção de Nuriye Gülmen e Semih Özakça, dois professores turcos que estão em greve de fome há 147 dias em protesto contra um decreto que provocou a demissão dos profissionais.
O governo os relaciona com a organização de extrema esquerda Partido-frente Revolucionária de Libertação Popular e argumenta que a proibição dos protestos em espaços públicos evita demonstrações de apoio a esse grupo.
Por outro lado, o governo indicou que as manifestações atrapalham os cidadãos e a ordem pública e facilitam a ação de grupos terroristas como o Estado Islâmico (EI).
Essa norma está sendo imposta com base no estado de emergência decretado no país após a tentativa fracassada de golpe de Estado no ano passado.
Sob o estado de emergência, as autoridades podem emitir decretos com força de lei, suspender liberdades e direitos fundamentais, impor obrigações financeiras e trabalhistas aos cidadãos e conferir poderes especiais aos funcionários, sem que essas decisões possam ser contestadas na Justiça.
(Com EFE)