Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Governo de Israel colapsa novamente e país terá 5ª eleição em três anos

Parlamento será dissolvido após a deserção de dois membros da coalizão governista; com um novo pleito, o ex-premiê Benjamin Netanyahu volta à disputa

Por Da Redação
Atualizado em 20 jun 2022, 14h18 - Publicado em 20 jun 2022, 14h16

O gabinete do primeiro-ministro de Israel anunciou nesta segunda-feira, 20, que a coalizão governista vai dissolver o Parlamento na próxima semana, derrubando o governo atual e levando o país à quinta eleição em três anos.

A decisão pode servir como salvação para Benjamin Netanyahu, o ex-primeiro-ministro que deixou o cargo em junho passado com a formação do atual governo – e cujo partido está liderando as pesquisas.

Há semanas, o governo está paralisado devido à deserção de dois legisladores do governo de direita, assim como frequentes rebeliões de outros três legisladores, desfazendo a maioria da coalizão no Parlamento e gerando entraves para o Executivo.

Prevista para o outono, a próxima eleição será a quinta de Israel desde abril de 2019. Ela ocorre em um momento já tenso para o país, depois de um aumento nos ataques de palestinos contra israelenses e em meio a uma escalada no antigo conflito entre Israel e Irã.

Os termos do atual acordo de coalizão determinam que, no caso de deserções da direita levarem a eleições antecipadas, Yair Lapid, o ministro das Relações Exteriores, assumiria o cargo de primeiro-ministro interino, enquanto o primeiro-ministro Naftali Bennett deixaria o cargo.

Continua após a publicidade

Se esse acordo for honrado, Lapid liderará o governo por vários meses, inclusive durante a campanha eleitoral e as negociações subsequentes (provavelmente necessárias) para formar uma coalizão.

A recusa de Netanyahu em renunciar depois que a coalizão foi formada, apesar de ser julgado por corrupção, levou muitos de seus aliados a se aliar a seus oponentes ideológicos para removê-lo do cargo.

O governo atual era frágil desde o início por causa dessa incompatibilidade ideológica entre os oito partidos constituintes – uma aliança fracionada de grupos de direita, esquerda, seculares, religiosos e árabes que uniram forças em junho passado para derrubar Netanyahu, após quatro eleições inconclusivas em dois anos, que deixaram Israel sem um projeto orçamentário ou um governo funcional.

A coalizão foi coesa o suficiente para aprovar um novo orçamento (o primeiro de Israel em mais de três anos), fazer as principais nomeações administrativas, e aprofundar as relações de Israel com os principais estados árabes.

Continua após a publicidade

Mesmo assim, seus membros regularmente entravam em impasses sobre os direitos da minoria árabe de Israel, a relação entre religião e Estado e a política de assentamentos na parte ocupada da Cisjordânia.

A nova eleição dá outra chance a Netanyahu, permitindo-lhe outra tentativa de ganhar votos suficientes para formar sua própria coalizão majoritária.

Pesquisas de opinião sugerem que seu partido, o Likud, deve conquistar o maior número de assentos no próximo Parlamento, mas podem não ser suficientes para atingir uma maioria parlamentar. Alguns partidos podem concordar em trabalhar com o Likud se Netanyahu deixar de ser líder do partido.

Essa dinâmica pode levar a meses de negociações, devolvendo Israel à estagnação em que caiu antes da saída de Netanyahu.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.