O governo de Donald Trump decidiu retomar a adoção da pena de morte, depois de dezesseis anos de moratória, e já agendou as execuções de cinco condenados por assassinato. O anúncio partiu do secretário de Justiça americano, William Barr, nesta quinta-feira, 25, seguindo a orientação de Trump para a aplicação de sentenças mais duras para crimes violentos.
Barr determinou ao Escritório Federal de Presídios que adote um novo protocolo para o uso da injeção letal, a exemplo do que acontece em catorze estados do país, de forma a garantir as execuções. “O Departamento de Justiça defende o Estado de Direito, e devemos às vítimas e às suas famílias levar adiante a sentença imposta por nosso sistema Judiciário”, declarou Barr.
Promotores públicos insistem na condenação à morte de pena capital, por crime federal, de pelo menos dois prisioneiros, segundo o jornal The New York Times. O primeiro é o supremacista branco Dylann S. Roof, que matou nove afro-americanos ao disparar de dentro de uma igreja em Charleston, no estado da Carolina do Sul, em 2015. O segundo é o checheno Dzhokhar Tsarnaev, coautor do atentado na linha de chegada da Maratona de Boston, em 2013, que matou três pessoas e feriu 264.
A pena de morte está prevista nas legislações de 21 estados americanos e do governo federal. Neste ano, dez prisioneiros foram mortos em cinco estados diferentes, segundo o Centro de Informação sobre Pena de Morte. Todos foram submetidos à injeção letal. Em 2018, 25 foram executados em oito estados. Dos 50 estados americanos, apenas 19 e o Distrito de Columbia não aplicam a pena capital.