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Governo espanhol rejeita mediação na crise com a Catalunha

Mariano Rajoy voltou a pedir que as autoridades catalãs abandonem sua campanha separatista

Por Da redação
4 out 2017, 20h49

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, rejeitou nesta quarta-feira o pedido do chefe separatista da Catalunha, Carles Puigdemont, de usar mediação internacional para resolver o atual conflito no país.

“Se o senhor Puigdemont quer falar ou negociar, ou quer enviar mediadores, sabe perfeitamente o que deve fazer antes: voltar ao caminho da Lei, que nunca deveria ter abandonado”, disse um comunicado divulgado pelo governo espanhol. Rajoy também advertiu Puigdemont que “não vai aceitar nenhuma chantagem” e pediu ao chefe regional catalão que “retire a ameaça da ruptura”.

Puigdemont havia pedido uma mediação internacional da União Europeia para o conflito. Segundo ele, o caso catalão é “um assunto europeu, não doméstico”.

Na terça-feira, o rei da Espanha, Felipe VI, acusou o governo da Catalunha de “deslealdade inadmissível” e defendeu as ações de Madri, destacando que as autoridades “se situaram totalmente dentro da margem do direito e da democracia”.

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Em resposta, Puigdemont afirmou nesta quarta que o monarca ignorou “deliberadamente milhões de catalães” separatistas em seu discurso solene. “Não podemos nem compartilhar, nem aceitar” essa mensagem, na qual ele pede que se “defenda a ordem constitucional” sem fazer menção aos feridos pelas forças policiais durante o referendo, ressaltou.

“Você decepcionou muita gente na Catalunha” que esperava “outro tom e outro pedido de diálogo e concórdia”, disse. Desde o referendo de domingo, realizado por líderes catalães apesar da proibição da justiça espanhola, as posições entre Barcelona e o governo central de Rajoy têm se distanciado cada vez mais.

Puigdemont é esperado na segunda-feira que vem no Parlamento catalão, para avaliar os resultados da votação em uma sessão que pode até mesmo culminar com uma declaração unilateral de independência, segundo uma fonte do governo regional. O governo central, por sua vez, não descarta interferir na autonomia da região e anular a validade do referendo.

(Com AFP)

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