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Governo interino de Israel promete impedir retorno de Netanyahu

Após renúncia de primeiro-ministro, que levará a novas eleições, políticos israelenses descartam apoio ao ex-premiê acusado de corrupção

Por Da Redação
21 jun 2022, 12h11

Dois membros do governo de coalizão de Israel prometeram nesta terça-feira, 21, evitar a volta ao poder do ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Após colapso do governo, o país se prepara para a quinta eleição em três anos.

+ Governo de Israel colapsa novamente e país terá 5ª eleição em três anos

Apesar de serem membros do mesmo partido, o Likud, o ministro das Finanças, Avigdor Lieberman, e o ministro da Justiça israelense, Gideon Saar, descartaram a possibilidade de unir forças com o colega Netanyahu.

O político comandou o país por 12 anos até ser deposto em 2021, denunciado por corrupção, fraude e abuso de poder.

“Eu não vou trazer Bibi (Netanyahu) de volta. Todos os membros do partido estão comigo. Ninguém vai sucumbir aos incentivos”, disse Saar à Rádio do Exército.

Lieberman disse em uma conferência que os legisladores da coalizão poderiam criar um projeto de lei que impediria qualquer pessoa sob acusação criminal ser eleita no país.

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Mas um porta-voz do Parlamento, que será dissolvido nas próximas semanas após a deserção de dois membros da coalizão governista, disse que a ação era tecnicamente inviável.

Enfraquecido por disputas internas que estavam impedindo seu governo de aprovar medidas, o primeiro-ministro de IsraelNaftali Bennett, renunciou ao cargo na segunda-feira 20, após um ano no poder.

Com a saída de Bennett, o ministro das Relações Exteriores, Yair Lapid, assumirá a função interinamente até as eleições para eleger um novo chefe de governo, o que deverá acontecer em outubro, segundo informações de autoridades.

As novas eleições podem permitir o retorno ao poder de Netanyahu, ex-premiê e atual líder da oposição, que foi retirado do cargo após a formação do atual governo, uma coalizão de políticos de extrema direita, liberais e árabes.

+ Até que durou muito: Netanyahu forçou queda do governo e nova eleição

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“Algo ótimo aconteceu aqui”, declarou Netanyahu na segunda-feira, acrescentando que seu partido conservador Likud lideraria o próximo governo. Apesar de estar sendo julgado por corrupção em três processos diferentes, a legenda do ex-premiê está liderando as pesquisas de opinião.

A rádio de Tel Aviv revelou nesta terça-feira, 21, que Netanyahu e prováveis ​​aliados judeus de direita ou ultraortodoxos poderiam comandar 59 assentos no parlamento na próxima votação, contra 55 previstos para os partidos da atual coalizão.

Outros levantamentos sugerem que o Likud deve conquistar o maior número de assentos no próximo Parlamento, mas podem não ser suficientes para atingir uma maioria parlamentar. Alguns partidos podem concordar em trabalhar com o Likud se Netanyahu deixar de ser líder do partido.

O eventual mapa político pode mudar, no entanto, se os partidos menores desaparecerem ou unirem forças – ou se Netanyahu ou Lapid, cujo partido centrista Yesh Atid está em segundo lugar, conseguirem alcançar parceiros menos prováveis.

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