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Governo Netanyahu ignora apelo de protestos e não discute cessar-fogo em reunião

Encontro do gabinete de segurança israelense, que durou menos de três horas, não colocou em pauta os termos da proposta, segundo a TV Canal 12

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 ago 2025, 11h46 - Publicado em 27 ago 2025, 10h26

Dezenas de milhares de israelenses saíram às ruas na terça-feira 26 para exigir que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu feche um acordo com o Hamas para encerrar o conflito em Gaza e libertar os cerca de 50 reféns ainda em cativeiro. A jornada de protestos, apelidada de “dia de interrupção”, porém, foi ignorada pela reunião do gabinete de segurança de Israel que ocorreu no mesmo dia: segundo o Canal 12, maior rede de televisão do país, o encontro, que durou menos de três horas, não colocou em pauta os termos de uma proposta de cessar-fogo, e nem incluiu uma votação formal.

Os manifestantes fecharam rodovias, realizaram marchas, fizeram discursos na Praça dos Reféns, em Tel Aviv e protestaram do lado de fora do gabinete do primeiro-ministro, onde ocorreu a reunião, entoando cantos contra os planos do governo para intensificar a guerra no enclave palestino com a iminente tomada da Cidade de Gaza. Familiares dos reféns e seus apoiadores temem que a invasão dificulte ainda mais o retorno daqueles que foram sequestrados há 22 meses. Das 50 pessoas ainda em Gaza, acredita-se que 20 estejam com vida.

“Discussão estúpida”

Segundo fontes ouvidas pelo Canal 12, Israel enfatizou ao Egito, um dos principais mediadores do conflito, que não está interessado em um esquema baseado em fases, como foram as últimas tréguas, e que negociará apenas um acordo abrangente. O texto em discussão, com o qual o Hamas afirmou ter concordado, inclui uma pausa de 60 dias nos combates que resultaria na libertação de 10 reféns vivos.

A emissora avaliou, com base em entrevistas, que o governo aposta na intensificação da guerra, com a invasão da Cidade de Gaza, para pressionar o Hamas a concordar com termos mais favoráveis a Israel.

De acordo com uma fonte ouvida pelo jornal israelense Haaretz, a reunião do gabinete de segurança foi uma “discussão estúpida e desnecessária”, cujo final foi antecipado para que ministros que integram o órgão, incluindo Netanyahu, pudessem comparecer a um jantar com colonos israelenses da Cisjordânia, em um restaurante de Jerusalém.

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Protestos

Os primeiros atos de terça-feira começaram às 06h29 locais (00h29 em Brasília), mesmo horário que o Hamas lançou o atentado terrorista de 7 de outubro de 2023. Organizações da sociedade civil, incluindo o Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos, convocaram as demonstrações.

Protestos foram registrados em todo o país. Algumas das principais estradas intermunicipais, em especial a que liga Tel Aviv a Jerusalém, foram bloqueadas por pneus em chamas. Depois da aglomeração do lado de fora do gabinete de Netanyahu, muitos manifestantes também seguiram para o restaurante em Jerusalém onde os membros do governo se reuniram com colonos.

A imprensa israelense também relatou atos perto da sede da Embaixada dos Estados Unidos e diante das residências de ministros, incluindo o das Relações Exteriores, Gideon Sa’ar, e da Economia, Nir Barkat. A maior marcha, com 350 pessoas, foi em Te Aviv, liderada por parentes dos reféns.

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“Temos um povo maravilhoso, mas nenhum governo… O governo os abandonou, mas o povo os trará de volta!”, declarou Einav Zangauker, mãe de Matan Zangauker, que está entre os cativos em posse do Hamas, em discurso na Praça dos Reféns.

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