Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Greve geral em Israel pressiona Netanyahu por acordo de cessar-fogo em Gaza

Paralisação afetou voos, transporte público, bancos e outros setores; Maior sindicato do país exige libertação dos reféns israelenses nas mãos do Hamas

Por Da Redação Atualizado em 2 set 2024, 17h21 - Publicado em 2 set 2024, 08h49
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A protester lifts a placard bearing portraits of six Israeli hostages whose bodies were recovered by the army from the southern Gaza Strip, during a rally by families and supporters of the hostages in Tel Aviv on September 2, 2024, amid the ongoing conflict in the Gaza Strip between Israel and the Palestinian militant Hamas movement. (Photo by Jack GUEZ / AFP)
    Manifestante levanta cartaz com retratos de seis reféns israelenses cujos corpos foram encontrados pelo exército no sul da Faixa de Gaza, durante protesto em Tel Aviv, em meio a greve geral. 02/09/2024 - (Jack Guez/AFP)

    Depois do maior sindicato de Israel, o Histadrut, convocar uma greve geral para esta segunda-feira, 2, o país amanheceu paralisado. Exigindo que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, assine um acordo de cessar-fogo em Gaza que inclua a libertação dos reféns israelenses que seguem nas mãos do grupo terrorista Hamas desde outubro do ano passado, serviços municipais em vários distritos foram interrompidos.

    Arnon Bar-David, chefe do Histadrut, grupo que representa centenas de milhares de trabalhadores israelenses, convocou a greve no domingo dia 1º, depois que o Exército de Israel recuperou os corpos de seis reféns em um túnel no sul de Gaza. De acordo com estimativas do Ministério da Saúde do país, eles foram mortos a tiros entre 48 e 72 horas antes de serem encontrados.

    O episódio desencadeou um choque profundo em Israel. No domingo, ao menos meio milhão de pessoas foram às ruas em Jerusalém e Tel Aviv para protestar contra a lentidão do governo em fechar um acordo de trégua em Gaza.

    Ação e reação

    O Ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, pleiteou com o Tribunal Trabalhista de Israel para barrar o chamado de greve. A corte definiu que a paralisação deveria terminar às 14h30 do horário local (8h30 em Brasília). No entanto, várias áreas – incluindo fabricantes do setor de alta tecnologia – foram afetadas antes mesmo dos juízes se reunirem pela manhã, e afirmaram que darão seguimento à mobilização até às 18h.

    Vários voos foram cancelados no Aeroporto Ben Gurion, o maior de Israel, embora aviões ainda estivessem chegando e aterrissando no país. Várias linhas de ônibus e trens leves foram interrompidas ou passaram a funcionar parcialmente. Trabalhadores em Haifa, o principal porto comercial do país, também aderiram à greve.

    Continua após a publicidade

    Hospitais funcionaram parcialmente, apenas para atendimentos de emergência, e bancos sequer abriram nesta segunda-feira. Algumas empresas do setor privado operaram dentro da normalidade, outras não, já que os donos permitiram que os funcionários participassem da greve.

    Pressão cresce

    O protesto do domingo e a greve desta segunda ocorrem após meses de pressão crescente dos familiares dos reféns e seus apoiadores, ressaltando a divisão na sociedade israelense em relação à abordagem de Netanyahu nas negociações sobre um cessar-fogo.

    Apesar de críticas de seu próprio ministro da Defesa, Yoav Gallant, bem como de generais e oficiais de inteligência, o premiê insiste em manter soldados israelenses em pontos-chave da Faixa de Gaza após qualquer cessar-fogo, um ponto de impasse para o acordo. O Hamas rejeitou qualquer tipo de presença israelense no enclave, e não houve nenhum sinal de avanço nas negociações nas últimas semanas apesar dos esforços dos mediadores.

    O Hamas ainda mantém 101 reféns em cativeiro, de um total de 253 pessoas sequestradas quando homens armados invadiram comunidades de Israel na fronteira com Gaza em outubro passado. O ataque matou 1.200 israelenses e estrangeiros e desencadeou uma implacável resposta de Tel Aviv, que devastou o enclave e matou mais de 40.600 palestinos.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    2 meses por 8,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.