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Greve geral mede forças com Piñera na 4ª semana de protestos no Chile

Mais de uma centena de organizações sociais aderiram à paralisação

Por Da Redação
12 nov 2019, 14h54
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  • Com barricadas incendiárias em várias partes da capital Santiago e confrontos entre manifestantes e a polícia, a greve geral convocada por organizações sociais começou nesta terça-feira, 12, com a intenção de pressionar o governo do presidente Sebastián Piñera a aprofundar as prometidas reformas sociais.

    “Convocamos a paralisar totalmente as tarefas produtivas”, diz uma convocação da chamada “Mesa Social”, que reúne mais de uma centena de organizações sociais, incluindo a Associação Nacional dos Empregados Fiscais (Anef), o Colégio de Professores, profissionais de saúde pública, funcionários portuários e aeroportuários.

    A Confederação Nacional de Cobre, que reúne trabalhadores terceirizados da mineração, também aderiu à convocação. Já a empresa estatal Codelco, a maior produtora de cobre do mundo, operou normalmente, embora alguns incidentes tenham ocorrido no caminho de suas instalações no norte do país, confirmou um porta-voz à AFP.

    Com quase um terço da oferta global, equivalente a cerca de 5,6 milhões de toneladas produzidas por ano, o Chile é o principal produtor mundial de cobre.

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    No setor da educação, as escolas públicas aderiram totalmente à convocação e grande parte das escolas particulares também, algumas por razões de segurança. A maioria das universidades não está em atividade desde o início das manifestações.

    No domingo 10, o governo de Piñera anunciou o desejo de iniciar um processo para uma nova Constituição por meio de um “Congresso Constituinte”, com ampla participação dos cidadãos e um plebiscito para colocá-la em prática.

    Situação em Santiago

    A convocação para a greve geral ocorre quatro semanas após o início dos primeiros protestos, com ataques a estações de metrô de Santiago, saques a lojas e a supermercados e manifestações de rua.

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    Focos de incêndios impediram a passagem de veículos em alguns acessos à capital. A mídia local também relatou outros incêndios em pelo menos dez pontos na cidade. Ainda assim, o transporte público em Santiago se manteve em relativa normalidade, tanto ônibus quanto metrô.

    Os voos no aeroporto também operavam normalmente no início da manhã. “As companhias aéreas que operam regularmente e os cancelamentos não excedem 3%, como acontece todos os dias por diferentes razões”, disse a concessionária do aeroporto em um comunicado.

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    (com AFP)

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