Em seus sete anos, a guerra na Síria provocou um “volume de destruições” de 388 bilhões de dólares, estimou a Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental nesta quarta-feira (8). O cálculo foi divulgado durante a reunião dessa entidade em Beirute, no Líbano, com a presença de mais de 50 especialistas sírios e internacionais.
Segundo a ONU, esse número não inclui “as perdas humanas” – pessoas mortas nos combates, ou perda de pessoal qualificado devido ao deslocamento da população. Mais da metade da população antes da guerra fugiu do país ou foi deslocada para outras áreas da Síria. Ao longo desses sete anos, o conflito deixou mais de 350.000 mortos.
O relatório completo sobre o impacto da guerra na Síria deve ser publicado em setembro, de acordo com a comissão.
A guerra civil começou em 2011, quando os movimentos da Primavera Árabe se espalhavam pelo Norte da África e pelo Oriente Médio. Os manifestantes pediam a renúncia de líderes que governavam estudados em uma falsa democracia e a instituição do Estado de Direito.
Na Síria, o movimento foi reprimido severamente pelo presidente Bashar Assad, no poder desde 2000, depois da morte de seu pai, que governara o país por 30 anos. No vácuo do conflito entre manifestantes e as forças de segurança do governo, avançou o grupo armado sunita Exército Islâmico, com o propósito de consolidar um califado fundamentalista na Síria e no Iraque.
Acusado de cometer crimes contra a população civil síria, Assad tem sido condenado há anos pelas principais democracias ocidentais, que pedem a sua renúncia. Seu regime, porém, conta com o apoio militar da Rússia e do Irã. Estados Unidos, França e Reino Unido atuam militarmente, em situações pontuais, no combate ao Estado islâmico.
(Com AFP)