Hamas assume autoria de ataque com bomba a Tel Aviv
Grupo terrorista contou com ajuda da facção aliada Jihad Islâmica; Israel descreveu episódio como um 'atentado terrorista'

Os braços armados do grupo terrorista palestino Hamas e da facção aliada Jihad Islâmica Palestina assumiram, nesta segunda-feira, 19, a autoria de uma explosão perto de uma sinagoga em Tel Aviv. A polícia israelense, bem como a agência de inteligência de Israel, a Shin Bet, descreveram o ataque a bomba como um ato terrorista.
O homem que carregava a bomba foi morto e um transeunte ficou ferido no incidente que ocorreu na noite de domingo 18, de acordo com a polícia local.
Cessar-fogo
A explosão ocorreu cerca de uma hora depois que o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, chegou a Tel Aviv para reforçar o lobby americano por um cessar-fogo em Gaza, com objetivo de encerrar a guerra de 10 meses entre Israel e o Hamas.
Há uma urgência crescente para chegar a um acordo, em meio a temores de uma escalada de agressões em toda a região.
Haniyeh
As Brigadas de Al-Qassam, braço armado do Hamas, afirmaram em comunicado que voltariam a realizar com mais frequência suas “operações de martírio” dentro de Israel enquanto a “política de massacres e assassinatos da ocupação continuasse” – uma alusão à ofensiva de Israel na Faixa de Gaza e ao assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em 31 de julho.
Israel não reivindicou nem negou responsabilidade pela morte de Haniyeh. Ele morreu devido a uma bomba implantada na capital iraniana, Teerã, logo após comparecer à posse do novo presidente do país como convidado de honra. O Irã ameaçou contra-atacar em resposta ao assassinato da liderança.
A guerra em Gaza começou em 7 de outubro do ano passado, quando homens armados do Hamas invadiram comunidades do sul israelense, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando cerca de 250 reféns. A campanha militar de Israel, desde então, destruiu grandes áreas da Faixa de Gaza e matou pelo menos 40 mil pessoas, de acordo com as autoridades de saúde do enclave, que é controlado pelo Hamas.