Autoridades americanas afirmaram nesta quarta-feira, 23, que pelo menos 1.100 pessoas ainda estão desaparecidas duas semanas depois que incêndios florestais devastaram a ilha de Maui, no Havaí. O FBI agora está buscando a ajuda de familiares para identificar os restos mortais.
A tragédia constitui os mais fatais incêndios a atingirem os Estados Unidos em um século. O fogo afetou praticamente a cidade inteira de Lahaina, onde moravam cerca de 12 mil pessoas. Milhares de pessoas ainda estão desaparecidas, e seus nomes aparecem em listas mantidas por várias organizações, incluindo a polícia, Cruz Vermelha e abrigos.
Um número provisório afirma que pelo menos 115 pessoas morreram durante a tragédia.
“Estamos cruzando todas as listas para que possamos determinar quem de fato ainda está desaparecido”, disse Steven Merrill, agente especial do FBI.
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Até a terça-feira 22, o FBI contabilizou 1.100 pessoas desaparecidas, mas espera-se que o número aumente. A agência criou uma linha telefônica dedicada ao assunto e incentivou parentes dos desaparecidos a entrarem em contato por essa via. Autoridades de Maui afirmam que uma lista verificada de pessoas desaparecidas deve ser publicada “nos próximos dias”.
“Precisamos muito da ajuda do público”, disse Merrill, destacando a necessidade de informações adicionais para verificar detalhes de alguns dos desaparecidos.
Os agentes também estão coletando amostras de DNA das famílias que não podem viajar para Maui, onde quer que estejam. A identificação dos corpos irreconhecíveis encontrados nas cinzas de Lahaina é uma tarefa trabalhosa. Até o momento, apenas 27 das 115 vítimas foram identificadas.
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Porém, sem o DNA dos familiares para comparação, o processo de identificação se torna ainda mais difícil. Apenas 104 amostras foram recolhidas até agora e as autoridades fizeram questão de dissipar qualquer desconfiança no processo.
“Os perfis de DNA não estão sendo retidos pelo FBI”, garantiu Andrew Martin, promotor distrital do condado de Maui. “O único propósito para o qual [o DNA] será usado é ajudar a identificar os desaparecidos.”