Holanda: Wilders vota e promete referendo contra UE se vencer
O Partido da Liberdade (PVV), de extrema-direita, lidera pesquisas, mas não deve participar da provável coalizão no Parlamento
O líder da extrema direita da Holanda, Geert Wilders, depositou na manhã desta quarta-feira, em um colégio de Haia, seu voto para as eleições legislativas do país, com a promessa de que convocará um referendo contra a União Europeia (UE) se sair vitorioso.
“Se eu vencer, haverá o referendo (contra a UE), porque demos nosso dinheiro aos países estrangeiros. Vamos recuperar a Holanda para os holandeses”, disse o líder e fundador do Partido da Liberdade (PVV). A sigla ultradireitista de Wilders e a de centro-direita Partido Popular da Liberdade e Democracia (VVD), do primeiro-ministro Mark Rutte, concorrem como os maiores grupos nas pesquisas de intenções de voto. Atrás estão Democratas 66 (D66), GroenLinks, Partido do Trabalho (PdvA) e Apelo Democrata-Cristão (CDA).
Nesta quarta, 12,6 milhões de cidadãos elegerão a composição de 150 membros do futuro Parlamento holandês. É necessário que um partido obtenha 76 cadeiras para garantir o comando, o que raramente ocorre, por isso, é provável que o país seja governado por uma coligação.
Apesar de o PVV ter liderado as pesquisas em algumas ocasiões, que apontam para cerca de 26 cadeiras, é quase impossível que, de fato, comandem o Parlamento. Tanto o VVD quanto outras siglas menores se recusam a formar uma coligação com Wilders, especialmente por suas posições controversas anti-islâmicas e anti-imigração.
Os mais de 10.000 centros de votação em todo o país permanecerão abertos até às 21h (horário local, 17h de Brasília), quando terá início a apuração. Se espera que ao longo do dia pesquisas de boca de urna sejam divulgadas e em torno de meia hora após o fechamento dos colégios, haverá um anúncio dos resultados provisórios. O medo de uma possível influência das eleições por hackers russos forçou o governo holandês a evitar que os computadores sejam conectados à rede, por isso, a apuração dos votos será manual.
(Com EFE)