Pouco mais de um ano depois da Catedral Notre-Dame, em Paris, ser tomada pelo fogo durante nove horas seguidas, os franceses voltaram a se assustar na manhã desde sábado, 18. Desta vez, um incêndio atingiu a Catedral de São Pedro e São Paulo, em Nantes, sexta maior cidade da França. Cerca de cem bombeiros foram mobilizados para debelar as chamas, que foram rapidamente controladas e ninguém ficou ferido.
De acordo com as primeiras informações, embora a estrutura não tenha ficado comprometida, houve perda de peças de grande valor histórico. Há também a suspeita de que o incêndio tenha sido criminoso. A promotoria de Nantes abriu uma investigação por “incêndio voluntário”. Aparentemente, o fogo começou em três lugares diferentes da catedral.
Uma fumaça preta foi vista saindo entre as usas torres nesta manhã, embora as labaredas não tenham chegado a atingir o telhado da construção em estilo gótico. Já se confirmou, no entanto, que vitrais do século XVI e em instrumentos que estavam no interior do local foram destruídos. “Os danos estão concentrados no grande órgão, que parece totalmente destruído”, disse o diretor departamental dos bombeiros, o general Laurent Ferlay, ao anunciar que o incêndio estava “sob controle”.
O administrador da catedral de Nante, o padre François Renaud, que chegou a ajudar os bombeiros, afirmou afirmou que a destruição não se assemelha à da Notre Dame de Paris, mas que a perda do órgão é “inestimável”. Essa não é a primeira vez que a igreja, no oeste do país, é atingida por um incêndio. Em 1972, o telhado da catedral, construída entre o século XV e XIX, ficou destruído. Os trabalhos de restauração duraram 13 anos.
Desde o incêndio de 15 de abril de 2019, a Catedral de Notre-Dame, que sofreu sérios danos em sua estrutura e correu o risco de desabar, permanece fechada para restauração.