Cerca de 600 bombeiros, apoiados por seis aviões bombardeiros, lutavam nesta quarta-feira, 13, para controlar dois incêndios florestais no sudoeste da França, que já queimaram mais de 1.700 hectares e levaram à evacuação de milhares de turistas na área.
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“Importantes recursos humanos e materiais estão sendo mobilizados para controlar os incêndios. São esperados reforços locais e nacionais”, disse autoridade de Gironde, região onde os incêndios se alastram.
O maior dos dois incêndios está em torno da cidade de Landiras, ao sul de Bordeaux, onde estradas foram fechadas e 500 moradores evacuados, com o incêndio já queimando mais de 1.000 hectares. O outro foco da queimada fica ao longo da costa atlântica, perto da icônica “Dune du Pilat” – a duna de areia mais alta da Europa.
Esse incêndio já queimou 700 hectares e levou à evacuação preventiva de 6.000 pessoas de cinco acampamentos de florestas ao redor. Os turistas foram levados para um abrigo local.
“Outros campistas nos acordaram por volta das 4h30 da manhã. Tivemos que sair imediatamente e escolher rapidamente o que levar conosco. Esqueci minha carteira de identidade, felizmente alguém pegou para mim. Mas não tenho meu telefone e não sabemos o que vai acontecer”, disse Christelle, uma das turistas evacuadas, à BFM TV.
Na véspera do Dia da Bastilha, a prefeitura de Gironde proibiu todos os fogos de artifício até segunda-feira, 18 de julho, em cidades e aldeias próximas às florestas.
A França, já atingida por uma série de incêndios florestais nas últimas semanas, está sofrendo – como o resto da Europa – por uma segunda onda de calor em alguns meses. Vários incêndios florestais varreram a região central de Portugal e o oeste da Espanha na terça-feira, 12, forçando também a evacuação de centenas de moradores.
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O fenômeno teria sido causado pelo crescimento e avanço de um sistema de alta pressão chamado anti-ciclone dos Açores, que geralmente concentra-se na Espanha, mas se espalhou para o norte do continente, trazendo altas temperaturas para o Reino Unido, França e Península Ibérica
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Cientistas estão certos de que o aquecimento global, provocado pela atividade industrial e emissões de gases do efeito estufa, está tornando cada onda de calor mais intensa e mais provável. As mudanças climáticas transformam o que antes seria um calor excepcional em condições frequentes.