Os incêndios florestais que assolam a Grécia nesta segunda-feira, 24, obrigaram cerca de 2,5 mil pessoas a serem retiradas pelas autoridades da ilha de Corfu. Isso ocorre em meio a uma enorme onda de calor, depois que mais 19 mil fugiram da ilha de Rodes durante o fim de semana, em uma operação anti-incêndio sem precedentes.
As operações de resgate na ilha de Corfu ocorrem enquanto equipes de bombeiros em toda a Grécia lutam para conter 82 incêndios florestais, incluindo 64 que começaram no domingo 23, o dia mais quente no país neste ano.
As temperaturas gregas na semana passada ultrapassaram os 40 ºC em diversas regiões. Autoridades meteorológicas preveem mais calor nesta semana.
As retiradas em Corfu ocorrem depois que cerca de 19 mil pessoas precisaram fugir de vários pontos na ilha de Rodes. Segundo a polícia, foi a maior a operação de resgate por incêndios da história da Grécia.
Rhodes e Corfu estão entre os principais destinos turísticos do país, e são particularmente populares entre britânicos e alemães. Nesta segunda-feira, Berlim disse que realizará uma reunião de crise para discutir como ajudar seus cidadãos que estão em Rhodes, enquanto a polícia federal alemã já começaram a ajudar as autoridades gregas no transporte de alemães.
+ Segunda onda de calor em duas semanas causa incêndios na Europa
Um incêndio florestal também foi registrado na ilha de Evia, devastada pela temporada de fogo em 2021. Autoridades orientaram que a população de quatro aldeias do sul deixem suas casas.
O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, declarou nesta segunda-feira que seu país está “em guerra” contra incêndios florestais e culpou as mudanças climáticas pela natureza extrema dos eventos.
Apesar da Grécia ser altamente propensa a incêndios florestais intensos nos meses de verão, cientistas concordam que a mudança climática, impulsionada pela emissão de gases de efeito estufa, aumenta o calor e a seca na Europa, aumentando o número e intensidade de eventos extremos.