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Incêndios no Canadá emitiram mais CO2 que quase todo o mundo em 2023

Devido às chamas, Canadá ficou atrás apenas de EUA, China e Índia no ranking de maiores emissores de carbono, segundo estudo

Por Da Redação 28 ago 2024, 16h51

Incêndios florestais no Canadá fizeram do país o quarto maior emissor de combustíveis fósseis de 2023, atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 28. O estudo publicado na prestigiada Nature revelou que a área queimada no ano passado foi sete vezes maior que a média histórica, o que obrigará o mundo a recalcular CO₂ pode ser liberado na atmosfera sem que as metas climáticas sejam comprometidas.

Embora incêndios florestais sejam comuns no país, em 2023 eles aconteceram em uma escala extrema. Mais de 15 milhões de hectares foram devastados pelo fogo, o equivalente a cerca de 4% da área florestal total do país.

Cientistas alertaram que pode ser necessário revisar os cálculos de emissão de acordo com as metas do Acordo de Paris. Assinado em 2015, ele definiu que o planeta só pode aquecer até 1,5ºC acima dos níveis pré-Revolução Industrial. Segundo especialistas, exceder esse limite tornará o planeta difícil de habitar.

De sumidouros a emissores de carbono

As florestas boreais, que historicamente tinham papel de sumidouros, ou absorventes, de carbono, agora estão liberando dióxido de carbono na atmosfera. Embora o clima quente e seco que alimentou os incêndios no Canadá no ano passado tenha sido excepcional em comparação com os registros históricos, projeções indicam que isso se tornará padrão até 2050, caso o mundo continue na trajetória atual de aquecimento.

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Esse cenário pode se tornar um problema não apenas para os canadenses, mas para a própria capacidade global de absorção de carbono da atmosfera.

“É provável que essas condições levem ao aumento das queimadas e suprima a capacidade a absorção de carbono pelas florestas canadenses. Isso aumenta as preocupações sobre a resistência no longo prazo dessas florestas como sumidouros de carbono”, afirmou Brendan Byrne, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, na Califórnia, e um dos autores do estudo.

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