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Israel aprova controversa lei que reduz poder do Judiciário

A medida enfrenta oposição da população israelense, que vai às ruas desde janeiro, e de importantes parceiros internacionais, como os EUA

Por Da Redação
Atualizado em 24 jul 2023, 11h20 - Publicado em 24 jul 2023, 11h00
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  • Israel's Minister of Justice Yariv Levin speaks during a parliament session in Jerusalem on July 24, 2023, amid a months-long wave of protests against the government's planned judicial overhaul. Israeli lawmakers on July 24 prepared for a final vote on a major component of the hard-right government's controversial judicial reforms even as US President Joe Biden called for postponing the "divisive" bill that has triggered mass protests. (Photo by RONALDO SCHEMIDT / AFP)
    O ministro da Justiça de Israel, Yariv Levin, fala durante uma sessão do parlamento em Jerusalém. 24/07/2023 - (Ronaldo Schemidt/AFP)

    O parlamento de Israel aprovou nesta segunda-feira, 24, o plano do governo para enfraquecer o poder dos tribunais do país. O voto favorável ocorreu apesar de seis meses de protestos de rua, manobras e negociações parlamentares e advertências internacionais, principalmente dos Estados Unidos.

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que deixou o hospital nesta manhã após colocar um marca-passo, é o patrono da reforma do sistema judicial. Ele e seus aliados argumentam que as mudanças são necessárias para reequilibrar os poderes entre Judiciário, Legislativo e Executivo.

    + Manifestantes iniciam ‘dia de revolta’ contra reforma judicial em Israel

    Críticos, contudo, caracterizam a proposta como “golpista” e alegam que a nova lei ameaça transformar Israel em uma ditadura, porque remove os principais freios e contrapesos às ações do governo.

    No início deste ano, Netanyahu foi forçado a interromper a votação no legislativo devido a protestos generalizados e pressão internacional. Nesta segunda-feira, diversas manifestações pipocaram no país, inclusive ao redor do parlamento israelense, o Knesset, mas a população foi recebida pela polícia com canhões de água e cercas de arame farpado, prendendo pelo menos 12 pessoas.

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    + Os efeitos políticos da pressão popular sobre Netanyahu

    O presidente americano, Joe Biden, afirmou que aprovar o plano sem amplo consenso equivale a uma erosão das instituições democráticas e pode minar as relações entre Estados Unidos e Israel. O comentário é relativamente incomum, já que Washington não costuma opinar sobre a política interna de outros países.

    “Dada a gama de ameaças e desafios que Israel enfrenta agora, não faz sentido que os líderes israelenses se apressem – o foco deve ser reunir as pessoas e encontrar consenso”, disse Biden.

    + Insensato: por que Israel está comprando briga com os Estados Unidos

    Aprovada após meses de discussões no Knesset, a “lei da razoabilidade” tem objetivo de retirar da Suprema Corte o poder de declarar as decisões do governo inconstitucionais. Além disso, o governo, atualmente formado por uma coalizão de extrema direita, passa a ter mais controle sobre a nomeação de juízes.

    A Ordem dos Advogados de Israel já está preparando uma contestação judicial à lei. A reforma judicial também gerou ameaças de reservistas militares: mais de 1 mil oficiais da reserva prometeram deixar a Força Aérea de Israel mediante aprovação do texto.

    O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel alertou os reservistas contra essa medida. “Nenhum militar tem o direito de dizer que não servirá mais”, disse o tenente-general Herzi Halevi.

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